Figura: Vagner

Sem muito trabalho na primeira parte, correspondeu à chamada em dois lances decisivos que podiam ter dado a vitória ao Sp. Braga. Primeiro, a coragem aos pés de Rui Fonte. A seguir, mãos de ouro no cabeceamento de Rodrigo Pinho, num lance em que fica a dúvida se a bola ultrapassa na totalidade a linha de golo. Sereno na comunicação com a retaguarda da sua equipa e decisivo entre os postes. No final do jogo, de joelhos e mãos ao céu, a noção própria de que um ponto podia nem ter ficado no Bessa.

Momento: minuto 85, Vagner “fecha” a baliza

Duas mãos e uma defesa a evitar a vitória do Sp. Braga. Canto na direita do ataque visitante, cabeçada forte do recém-entrado Rodrigo Pinho e Vagner a corresponder com reflexos e eficácia de forma pronta. No momento em que se atira para a defesa, tem praticamente os pés dentro da baliza. Persiste a dúvida se a bola ultrapassa, ou não, de forma total, a linha de golo. As imagens não são absolutamente claras.

OUTROS DESTAQUES

Iuri Medeiros: se se pede criatividade ao xadrez, recorre-se à capacidade do extremo português. Uma, duas, três… quantas vezes for preciso. Foi, como outrora, peça importante no Boavista, desta vez na batalha com os «Guerreiros do Minho». Fica, ainda que de forma indireta, ligado ao lance da grande penalidade que dá o empate: não tremeu perante a presença de Pedro Santos e de Goiano, criou o desequilibrio e Edu Machado ganhou a falta que Fábio Espinho converteu no 1-1. Dos que mais qualidade individual evidencia no Bessa. Podia ter abdicado do drible em lances que se pedia passe ou remate.

Battaglia: pêndulo no meio campo bracarense. Deu velocidade nas transições para o ataque, raras vezes falhou no passe e mostrou que é crucial no onze base do Sp. Braga: da forma como a equipa começa o ataque, ao método como procura anular o jogo adversário. A dupla com Gamboa no centro do meio campo, de rotina competitiva nunca antes vista, criou dificuldades na capacidade de pressão e nas disputas de bola a meio campo. Nem por isso deixou de ser sóbrio e contido com e sem bola.

Idris: mais certeza e capacidade no que lhe compete no meio campo, em relação a outros jogos. Imperial (ou quase) na antecipação ao desarme de bola. Faltou mais qualidade de passe na primeira parte, algo que foi procurando retificar na etapa complementar. Pode-se dizer que se o Sp. Braga não conseguiu aproveitar melhor o jogo pelo meio, muito se deve à ação defensiva que o senegalês imprimiu em campo.

Gamboa: estreia absoluta na primeira liga e logo a titular, de um jogador oriundo da equipa B dos minhotos. Ao lado de Battaglia, procurou mais não errar do que arriscar no meio campo. Fica, da forma que não queria, ligado ao lance da grande penalidade do empate do Boavista. Pedro Santos e Goiano saíram aos pés de Iuri, o jovem médio procurou compensar a marcação a Edu Machado, mas acabou por fazer falta para castigo máximo.

Edu Machado: irreverência e pujança no corredor direito. Mais tímido e contido numa fase inicial em que encarou, de forma alternada, Pedro Santos e Alan no seu flanco. Com o andar do relógio, cresceu em jogo. Ganhou o lance da grande penalidade do golo, teve mais capacidade e coragem de apoiar Iuri Medeiros em alguns dos lances ofensivos mais perigosos do Boavista. Rápido e pronto na resposta à perda de bola e na recuperação. Viu, no entanto, os dois lances de bola corrida mais perigosos do Sp. Braga saírem do seu lado.

Stojiljkovic: combativo e lutador na forma como encarou a dupla de centrais do Boavista enquanto esteve em campo. E essência de avançado no cabeceamento que ditou o único golo da equipa bracarense. Com esforço e espírito de missão.