O golo apontado por Éder ao V.Setúbal pouca relevância teve para o Sp. Braga. O clube minhoto não conseguiu segurar a vantagem no marcador e averbou mais um resultado pálido. Para Ederzito, como também é conhecido na pedreira, o tento apontado tem um sabor especial. Um sabor recheado de esperança que rima com o Mundial do Brasil.

A época não tem corrido de feição ao avançado do luso-guineense do Sp. Braga, por força das lesões que o têm impedido de estar na plenitude das suas capacidades físicas. Em menos de um ano foi três vezes à mesa de operações para debelar lesões no joelho direito e nos dois pés.

No primeiro dia de março de 2013 foi operado ao joelho direito depois de ter contraído uma rutura do ligamento cruzado anterior direito no jogo com o Benfica. Meio ano de paragem foi o tempo perspetivado e foi precisamente esse o tempo que o avançado esteve fora de cena. Apareceu pela primeira vez esta época, de forma tímida, diante do Pandurii, jogando apenas nove minutos.

Pela mão de Jesualdo Ferreira foi entrando aos poucos na equipa do Sp. Braga, com muitas cautelas. Atuou os noventa minutos em sete jogos e apontou dois golos, ao Olhanense, um a contar para a Taça de Portugal, outro a contar para o campeonato.

Preparava-se para ser um dos reforços mais importantes do Sp. Braga na segunda volta do campeonato, mas durou apenas dois meses. Diante do FC Porto voltou a lesionar-se, desta feita no pé esquerdo, sendo submetido a uma intervenção cirúrgica ao quinto metatarso do pé esquerdo a 13 de janeiro deste ano. Em pleno recobro de uma operação ao pé esquerdo, o avançado de 26 anos foi operado a uma fissura no pé direito. Foi «à faca» no dia 21 de janeiro.

Precisamente diante do FC Porto voltou a reaparecer com a camisola dos «Guerreiros do Minho», a 13 de abril depois de mais quatro meses fora dos relvados. Cumpriu apenas 24 minutos no encontro com os dragões, mais 26 minutos diante do Rio Ave na Taça de Portugal em mais uma integração faseada do jogador, desta feita orientado por Jorge Paixão.

Foi titular no Bonfim, saiu aos 68 minutos de jogo. O minuto doze foi o tal momento de esperança para Éder. Voltou a fazer o gosto ao pé apontado o terceiro golo da época. Apenas o terceiro golo da época, o que são números curtos para o possante avançado, mas que encontram explicação nas longas ausências dos relvados. Parco em números, ainda assim vistoso em qualidade. A trivela do meio da rua com que bateu Kieszek no jogo da 28ª jornada volta a acender a chama do jogador que soma seis internacionalizações AA pela mão de Paulo Bento.

«É sempre um sonho, tenho de continuar a trabalhar», referiu Éder relativamente à possibilidade de integrar a armada portuguesa no Mundial do Brasil. O avançado do Sp. Braga corre em contrarrelógio contra o tempo para mostrar serviço nas duas últimas jornadas e para recuperar a forma.