Sp. Braga e Belenenses empataram na pedreira no jogo inaugural da trigésima jornada da Liga.

Pelé pôs a turma do Restelo em vantagem aos quinze minutos, mas um Braga reduzido a dez elementos foi capaz de empatar a quatro minutos do fim. Os bracarenses chegaram ao fim reduzidos a nove elementos, por expulsão de Tiba (autor do golo bracarense) e Pedro Santos. 

Os Guerreiros pretendiam carimbar desde já o regresso matemático às competições europeias, a turma do Restelo pretendia pressionar o V.Guimarães e manter-se na corrida pelo quinto lugar. 

Ninguém hipotecou esses objetivos, nem de perto nem de longe, mas perderam uma oportunidade de o fazer. O Belenenses porque esteve a ganhar mais de uma hora no Municipal de Braga, os minhotos porque jogavam em casa com um adversário que já haviam goleado por sete bolas a uma esta época. 

Rúben Micael esteve limitado durante toda a semana, a contas com uma mialgia na coxa direita, mas acabou por ser Pardo o grande ausente do onze montado por Sérgio Conceição. Micael jogou mesmo e o colombiano ficou no banco de suplentes. Pedro Santos foi a surpresa entre as primeiras escolhas. 

Contudo, o médio madeirense apenas aguentou dez minutos de jogo, saindo do relvado agarrado à coza direita para dar o seu lugar precisamente a Pardo, cuja prestação não terá agradado a Sérgio Conceição no dérbi minhoto da última jornada. 

Enquanto o Braga tentava organizar-se e encaixar as suas peças, Pelé teve a lucidez que faltou do outro lado, não foi de modas e disferiu um potente remate de primeira à entrada da área, fazendo a bola parar apenas no fundo das redes da baliza de Kritciuk. 

Golo madrugador, aos quinze minutos, a premiar uma estratégia pragmática do Belenenses na pedreira. O Sp. Braga tinha mais bola, jogava no meio campo do adversário e criava momentos de sufoco; a turma de Belém respondia esporadicamente, mas com verdadeiro perigo. Kritciuk que o diga, teve de se aplicar numa dupla de lances que deixou o último reduto arsenalista em sentido. 

Do outro lado, Ventura apenas se fazia notar pela morosidade com que repunha a bola em jogo depois dos tais lances de aperto da turma da casa. 

Depois do período de descanso, já com Pedro Tiba no lugar de Mauro, o domínio e a pressão bracarense acentuaram-se e as ações ofensivas passaram a provocar verdadeiro perigo junto da baliza contrário. 

Lances de perigo que eram correspondidos por falhanços impensáveis. Nesta fase sim, com Ventura a fazer mais do que retardar o jogo e a ter também ele que fazer pela vida para manter as suas redes invioláveis. 

Pelo meio Pedro Santos ainda foi expulso por acumulação de amarelos, a cerca de 25 minutos do final do encontro, ao simular grande penalidade num lance dividido com Pelé. O árbitro Paulo Batista foi perentório a ir ao bolso buscar a cartolina amarela. 

A resistência dos azuis do Restelo durou até aos 86 minutos, altura em que finalmente o Sp. Braga conseguiu encontrar o caminho para a baliza. O médio que entrou ao intervalo para evitar a derrota do Sp. Braga e conferir justiça ao marcador. 

Um Braga perdulário adiou a confirmação europeia e permitiu ao Belenenses sonhar com o triunfo. O desenrolar da jornada ditará o significado deste ponto para ambos os conjuntos, que perderam a oportunidade de conseguir mais do que um ponto.