Com um resultado expressivo, três bolas a zero diante do Paços de Ferreira, o Sp. Braga é agora dono e senhor do último lugar do pódio, depois de ascender ao terceiro lugar da tabela classificativa, ombro com ombro com o V.Guimarães, mas em vantagem no que à diferença de golos diz respeito.
 
Golos de Pardo, Éder e Rafa, ainda nos primeiros quarenta e cinco minutos, serviram uma grande dose de pragmatismo e de eficácia à superioridade pacense na pedreira. O conjunto de Paulo Fonseca teve mais bola, jogou mais no meio campo adversário e até teve oportunidades para finalizar, mas esbarrou num Sp. Braga cauteloso e que aproveitou quase todas as oportunidades de que dispôs.
 
Em relação ao jogo histórico da Luz, Sérgio Conceição manteve praticamente a mesma equipa, trocando apenas Kritciuk por Matheus entre os postes. Já Paulo Fonseca mexeu mais na sua equipa em relação à derrota com o Famalicão, fazendo quatro alterações.
 
Paços a jogar, Braga a marcar
 
O pódio estava à mão de semear para o Sp. Braga, mas a verdade é que um triunfo do Paços também servia para o conjunto da Mata Real igualar os Guerreiros no quinto posto da classificação. Com essa possibilidade em mente, a equipa de Paulo Fonseca entrou pela pedreira dentro a mandar no jogo e a dar uma lição de bola à formação minhota.
 
Sérgio Oliveira e Seri serviam de tampão e controlava as operações no meio campo, para depois os três homens que jogam atrás do ponta de lança trocar as voltas ao setor mais recuado arsenalista. Logo aos dois minutos André Pinto quase introduzia a bola na própria baliza na execução de um corte arriscado. Dez minutos depois foi Santos a salvar os Guerreiros, dando o corpo à bola num forte remate de Urreta.
 
Quem não gostou da brincadeira foi Rafa, a quem o jogo até nem estava a correr de feição. O pequeno génio do Sp. Braga pegou na bola no lado esquerdo e serviu Éder no coração da área. O avançado embrulhou-se com Ricardo e o esférico acabou por sobrar para o insaciável Pardo, que vindo de trás fuzilou a baliza de Defendi.

Se a desvantagem por uma bola a zero já era surpreendente para o Paços, a hecatombe ficou completa em cima do intervalo quando Rafa fez um impensável terceiro golo para os minhotos, já Éder tinha também ele feito o gosto ao pé.
 
Segunda parte de pouco interesse
 
Três golos em cerca de vinte minutos, o último dos quais mesmo no último suspiro do primeiro tempo, praticamente sentenciaram o encontro a favor da equipa da casa e derrubou animicamente o Paços de Ferreira.
 
O conjunto da Capital do Móvel não baixou os braços, é certo, mas não entrou em jogo com a mesma intensidade pelo que o encontro caiu muito de ritmo nos segundos quarenta e cinco minutos. Com o jogo resolvido, o Sp. Braga não entrou em grandes correrias e por isso mesmo assistiu-se a mais do mesmo. O Paços com mais bola e os Guerreiros quase que desinteressados do jogo, cumprindo apenas com os serviços mínimos. O Paços ainda dispôs de algumas oportunidades para marcar, Cícero enviou uma bola ao ferro, mas a noite não era para os Castores.

 
Sérgio Conceição leva o Sp. Braga ao terceiro lugar, numa interessante série de nove jogos sem conhecer o sabor da derrota, sendo que pelo meio há duas estrondosas eliminações da Taça de Portugal (no D. Afonso Henriques e no Estádio da Luz). O Paços averbou a segunda derrota consecutiva, depois de a ameio da semana ter sido atirado borda fora da Taça pelo Famalicão.
 
Se chegar ao terceiro lugar já é motivo regozijo, fazê-lo destronado o rival tem um sabor ainda mais especial. O último lugar do pódio troca de senhor no Minho; o apito final de Manuel Mota suou quando das bancadas se puxava dos galões de «orgulho do Minho».

Vitória com mais sabor do que nível exibicional.