Bruno de Carvalho garantiu, em entrevista à TVI, que apenas iniciou as negociações com Jorge Jesus a 3 de junho, dois dias antes de ter confirmado a contratação do técnico, em final de contrato com o Benfica.
 
«Estávamos atentos ao que se estava a passar. Temos de estar sempre atentos, e a partir do momento em que tivemos a informação de que havia a possibilidade de não renovar, contactámos Jesus», explicou o presidente do Sporting, especificando depois que foi «dois dias antes de ter sido anunciado».
 
Questionado se não era estranho que a contratação tivesse sido garantida tão depressa, Bruno de Carvalho respondeu que não. «Não sei quanto tempo os rivais demorararam a comprar a quantidade de jogadores que já contratou», acrescentou depois.
 
O presidente leonino garantiu, de resto, que ao contactar o técnico a SAD «já tinha pensado no plano financeiro» para concretizar a contratação, sem confirmar valores.
 
Bruno de Carvalho disse ainda que o Sporting foi o clube «que menos investiu» e que Jorge Jesus «nem de perto nem de longe é um investimento similar ao que fizeram os rivais», e assumiu que o plano passa por comprar dois ou três jogadores.
 
Ainda relativamente à contratação propriamente dita, o dirigente afirmou que «havia interesse de algumas pessoas para que Jesus fosse para o estrangeiro, mas ele quis ficar em Portugal, no clube do coração».
 
O presidente do Sporting não excluiu a presença no banco, garantindo que Jesus não exigiu que tal não acontecesse, e assumiu ainda que a integração de Octávio Machado e Manuel Fernandes na estrutura foi um pedido do técnico, desvalorizando polémicas recentes com estes dois elementos: «Eu penso sempre no Sporting. Se necessitamos da competência das pessoas é isso que me preocupa.»
 
Relativamente a Marco Silva, Bruno de Carvalho disse que a sua vontade é que «as coisas não tivessem chegado a este ponto, que tivesse existido uma resolução pacífica», algo que espera que aconteça o mais rápido possível. «Gostaria que já tivesse sido possível fechar este assunto», afirmou.
 
Defendendo que ter dois treinadores sob contrato «não é caso único no mundo», o líder leonino disse ainda que «ninguém despede ninguém pelo fato», e que por isso o processo aplicado a Marco Silva é «mais denso do que isso».
 
Quanto ao caso registado com os adjuntos deste técnico, que nesta quinta-feira foram impedidos de entrar em Alcochete, o presidente leonino garantiu que têm uma carta a dizer que estão dispensados até dia 15 de julho, sem qualquer perda de direitos laborais.