Bruno de Carvalho assumiu esta terça-feira, em entrevista à «Sporting TV», que Islam Slimani e Marcos Rojo estão sob a alçada disciplinar do clube e não serão opção para Marco Silva para o arranque da nova temporada. O dirigente não chega a explicar porque é que os jogadores foram afastados, mas fala em falta de profissionalismo, pressão dos empresários e dos fundos e em chantagem.

Marcos Rojo quer United e não treina

«O meu discurso não mudou. O Sporting não advoga nenhum género de vedetismo. O Sporting age da mesma maneira com um jogador que foi ao Mundial, que não foi ao Mundial, ou que tenha propostas de milhões ou que não tenha proposta nenhuma. Mais importante que ter um grupo de jogadores, é ter um grupo de trabalho que se sinta preparado. Há dois jogadores que não compreenderam as alterações que foram feitas no Sporting», começou por dizer.

O presidente dos leões dá depois a entender que Rojo e Slimani forçaram a saída do clube, mas não foi claro. «Estão sob a alçada disciplinar do Sporting. A ambos falta cumprir três anos de contrato. Têm contrato. Depois têm expectativas. O Sporting não cede a chantagens, pressões, interesses de agentes e muito menos de fundos. Não cede a atitudes de interesses que desrespeitam o clube», prosseguiu.

Slimani também foi afastado do grupo

Os jogadores ficam, para já, afastados da equipa principal. «Nem na A, nem B, nem C. Ambos os jogadores tomaram decisões que lhes provocaram uma situação de indisciplina acentuada dentro do Sporting. Um recado à navegação. Todo o jogador que não siga as regras do clube, esses dois ou outros, podem ter as pretensões e as vontades todas, mas com esta direção a situação complica-se. Não usem a imprensa, sejam profissionais. Estes jogadores estão sob medidas disciplinares duras», referiu.

Bruno de Carvalho revela ainda que os jogadores não vão jogar no sábado, nem enquanto o processo não estiver resolvido. «No sábado não podem jogar. Não fica nada em causa, temos um grupo de trabalho. Vamos ver quanto é que este processo vai demorar. Pode demorar pouco, pode durar muito, mas sábado não está resolvido. O processo pode acabar com a saída dos jogadores ou pode acabar por terem de cumprir três anos de contrato», destacou.

Um processo que pode vir a provocar mudanças num plantel que estava praticamente fechado. «O plantel está fechado a 99 por cento. Agora depende destes casos. Quando digo que quero quatro centrais, não são três. Quando digo que quero três avançados, não são dois. Isto abre-nos uma janela de oportunidade para olharmos para o mercado. Estes últimos quinze dias de mercado são uma maravilha. Até agora foi o mercado do pesadelo. Os processos às vezes duram meses, como foi a novela do Rabia. Agora já não há mais tempo. É quer, não quer», referiu ainda Bruno de Carvalho.

(Artigo original: 22h23m)