Jorge Jesus, treinador do Sporting, analisa a vitória sobre o Nacional (2-0), na 26ª jornada da Liga:

«O primeiro objetivo era vencer. O segundo objetivo era vencer com golos do Bas Dost, se possível. O terceiro objetivo era ter os nossos adeptos como temos tido, connosco. O Sporting não luta para o título mas o comportamento dos adeptos é como se assim fosse. Estivemos 60 minutos muito bem e 30 minutos não tão bem. Quisemos controlar o resultado, e quando assim é acabas por perder alguma agressividade ofensiva. É verdade que, defensivamente, não tivemos problemas. As bolas que foram à nossa baliza eram defensáveis. Foi bom termos vencido uma vez mais. Temos cinco vitórias e um empate nos últimos seis jogos. A equipa está a fazer um final de campeonato bom.»

«O Nacional é melhor do que a classificação diz. Muito melhor do que algumas equipas que estão à frente, do ponto de vista individual. Uma equipa equilibrada, sem ansiedade.»

[sobre a quebra referida nos últimos 30 minutos] «O jogo tem várias estratégias e podes jogar com elas, em função do resultado. Baixámos os setores na última meia-hora. Lançámos jogadores rápidos que podiam fazer a diferença, mas não fizeram. Normalmente as minhas equipas são muito fortes no contra-golpe...esta por acaso até nem é. Perdemos também o jogador que mais bola teve, que mais fez a ligação, que foi o Alan Ruiz.»

[sobre o golo anulado a Bas Dost, que protestou na altura] «Estava convencido que ele estava em jogo. Vi o defesa em cima do risco de golo, e estava convencido que havia dois jogadores do Nacional. Mas o guarda-redes estava à frente da bola. Dei os parabéns ao árbitro auxiliar. Não era uma decisão fácil e ele esteve muito bem.»

[sobre o regresso à titularidade de Rúben Semedo, em detrimento de Paulo Oliveira] «O Rúben é mais evoluído tecnicamente. Perde noutras características, mas sabíamos que a pressão do Nacional não ia ser muito grande. Precisava de um central com qualidade a sair, que entrasse com a bola no meio-campo do Nacional. Defensivamente sabíamos que não íamos ter muitos problemas. O Paulo Oliveira tem estado muito bem nesse momento.»

[sobre a aposta em Bryan Ruiz para o lugar de Adrien, e antes Bruno César...] «Nestes dois jogos foi o Bryan que jogou nessa posição e esteve bem. Melhor em Tondela do que hoje, mas tem essas características: uma temporização do jogo acima do que temos, até pela sua experiência. Sabe fazer momentos de jogo com bola. O Bruno também o pode fazer. Cada jogo tem a sua história e a sua estratégia, mas são os dois jogadores que vão continuar a fazer essa posição.»