Jorge Jesus admitiu mais uma vez que o Sporting está aquém do esperado, mas diz que a motivação é a mesma, mesmo que a equipa já não lute por títulos. Por isso, acredita que até ao final do campeonato os jogadores continuem a dar tudo em campo.

«A motivação tem de ser sempre máxima, apesar de se estar sempre mais motivado quando se corre atrás de um objetivo. Os títulos foram-se perdendo ao longo da época, não vale a pena esconder, mas a motivação é a mesma.»

«Aliás, isso não pode ser o motivo para os jogadores não terem a mesma motivação. Representam um clube onde têm de ganhar sempre, independentemente da classificação. Isso não deixa de tirar responsabilidade, ou ter aquilo que a equipa tem tido, alma. A equipa tem de fazer isto e aproximar-se o mais possível dos dois primeiros classificados», realçou.

Na antevisão ao jogo com o Rio Ave, o técnico foi ainda questionado sobre se será agora que os leões conseguirão uma série melhor de triunfos, que depois da derrota em Vila do Conde, na primeira volta, foi quebrada e falou já do futuro.

«Estávamos habituados a estar a ter a consistência de oito e nove vitórias, como no ano passado. Agora o que importa é o presente e o que já disse é que o Sporting e eu temos de descobrir o presente para olhar para o futuro com outros olhos. Sabemos por que não conseguimos ter consistência nas vitórias. Algumas vezes foi por culpa nossa, outras não. Temos de fazer uma retrospetiva a isso. Ainda faltam 14 jogos para estarmos mais fortes do que estivemos.»

«O nosso primeiro ano foi com muita força, com 86 pontos. Não é fácil fazer 86 pontos em Portugal e se calhar não os volto a fazer», sublinhou, recordando a boa época 2015/2016 na qual o Sporting lutou pelo título até ao fim.

Na mesma ocasião, Jesus falou dos golos sofridos esta temporada, disse não estar satisfeito, mas puxou dos galões: «A verdade é que, normalmente, as equipas onde trabalho são sempre as que sofrem menos. Este ano não está a acontecer e temos refletido sobre isso. O caminho é tentar equilibrar as ideias defensivas. No entanto, este nosso modelo defensivo leva a reboque outras equipas. Temos um modelo defensivo que muitas equipas também o têm. Muita gente segue este modelo.»