O treinador do Sporting, Jorge Jesus, em declarações na sala de imprensa de Alvalade, após a vitória no Clássico com o FC Porto, por 2-1:

«Como tínhamos projetado, sabíamos que não era um jogo fácil, o nosso rival deste jogo tem muito valor. É verdade que entrámos praticamente a perder, tivemos alguma dificuldade no princípio do jogo em alguns posicionamentos. Na primeira meia hora, o Slimani e a posição do Bryan deu-nos pouca qualidade de jogo ofensivamente. Nunca conseguiram fazer ligação. Isso tirou-nos qualidade de jogo e originou que não fôssemos uma equipa tão forte como imaginei que podíamos ser. Fui analisando e penso que a mudança tática que tive em relação ao jogo foi decisiva para a melhoria da equipa e acabámos por chegar ao intervalo a vencer. Na segunda parte gerimos o jogo e o resultado, o FC Porto quase não criou nenhuma oportunidade, tirando uma agora aos 90 minutos. A equipa esteve muito bem organizada defensivamente. Podíamos fazer melhor nas saídas após o 2-1. O nosso meio-campo, com a entrada do Bruno Paulista foi para dar alguma segurança e possibilidade para o Adrien ter mais bola, mas ele estava fatigado. Fomos mais conscientes e disciplinados e cruéis nas decisões. Fizemos dois golos em que não eram oportunidades, mas acabaram por o ser. Parabéns aos jogadores e aos adeptos. Foi uma semana muito difícil para gerir.»

«Foi um jogo intenso, taticamente com estratégias interessantes. O Sporting tem capacidade para ter melhor qualidade técnica em determinados momentos. Equipa jovem, mas com alguma experiência. Tem de melhorar, não se pode expor tanto como na segunda parte em algumas situações. Três golos um pouco não trabalhados na primeira oportunidade, foram situações de ressalto. O FC Porto é uma batida de bola do Layun muito perigosa e com qualidade. Vamos para esta paragem de duas semanas à frente da tabela.»

Sobre os lances que o FC Porto contesta e a liderança isolada:

«Não há nenhuma equipa que não queira ganhar, isso não existe. Os nossos rivais não conseguiram fazer o mesmo e estamos na frente, mas ainda faltam tantas jornadas. É um sinal de qualidade e vitalidade, de esperança e isso é importante. Quanto aos dois lances, já analisei. No jogo é diferente, mas na minha opinião são justamente bem tratados pelo árbitro, não há nada a branquear, a bola bate no corpo do Gelson e do Bryan, para mim tomou as decisões certas.»