Um dia depois da declaração de Bruno Carvalho, que contemplava alguns recados à equipa profissional de futebol - ou pelo menos exigia que a equipa assumisse também responsabilidades -, Marco Silva optou por um discurso cauteloso.

«A minha responsabilidade enquanto treinador obriga-me a ter prudência ao abordar as ilações que vocês tiraram», afirmou. «Não vou dizer se foi uma declaração oportuna ou não.  Naturalmente que não tenho que achar oportuno ou não achar oportuno quando o presidente considera tempo de falar.»

Marco Silva dizia por isso que não iria comentar diretamente a intervenção de Bruno de Carvalho, até porque é apenas o treinador da equipa e o presidente é o líder máximo, mas falou das responsabilidades que tem.

«Nunca me escondi de nenhuma pergunta e nunca deixarei de assumir aquilo que é o meu trabalho. «A minha tarefa é gerir o grupo de trabalho. É um desafio enorme, que encaro com enorme paixão e assumo-o desde o primeiro dia. Não é quando ganhamos ou quando perdemos, é desde o primeiro dia», referiu.

«Sou eu que tenho de assumir a responsabilidade pelo que se passa dentro das quatro linhas», disse, antes de uma pausa para fazer as quatro linhas com os dedos.

«E aí assumo todas as responsabilidades do que se passa dentro das quatro linhas.»

«Tivemos um resultado negativo na última jornada, depois a vitória obrigatória com o Vizela, mas com duas exibições muito abaixo do que devíamos fazer. E eu assumi isso. Os jogadores também não estão contentes. Eles têm de estar focados no trabalho e no jogo com o Nacional, que nos vai dar muito trabalho.»

«É isso que quero: que eles se concentrem no jogo de amanhã para conseguirmos ganhar»

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