Islam Slimani foi eleito o jogador africano do mês de janeiro pelos leitores da «France Football» e, por esse motivo, esteve à conversa com a publicação francesa.

Questionado sobre o segredo dos oito golos em seis jogos, o internacional argelino realçou a importância do trabalho diário e também partilhou o mérito com os colegas. «O meu trabalho é marcar. É assim desde o início da carreira», afirmou.

Mas Slimani não é apenas sinónimo de golos, mas também de muita combatividade em campo, tal como referido na entrevista. «Isso vem da Argélia. Nada foi fácil para mim. A minha afirmação no clube e na seleção não foi tranquila. Aceito a crítica, mas por vezes ela foi inútil ou gratuita. Isso apenas me reforçou. Essa raiva é uma força para mim e faz com que nunca desista», explicou.

O avançado elogiou depois Jorge Jesus, que considerou um técnico «de nível mundial». «Não estou a exagerar. O trabalho diário é um verdadeiro prazer. Ele faz-nos evoluir, e isso recompensa-nos nos jogos. Por vezes insiste em detalhes que parecem sem importância, mas depois percebemos onde quer chegar. Por isso diz-se que taticamente é um génio», sustentou.

Confrontado com o legado de Madjer deixou em Portugal, Slimani considerou que ainda está longe do registo do compatriota, embora destacando o desejo de sagrar-se campeão esta época.

O jogador leonino foi ainda questionado sobre a transferência falhada para o Nantes, há três anos, mas garantiu que isso está esquecido. «Não guardo qualquer tipo de sentimento de vingança. Estou orgulhoso do que consegui. Ao assinar pelo Sporting fiz a melhor escolha possível para a minha carreira. Aqui, tal como na Argélia, respira-se futebol. E isso faz com que te transcendas», concluiu.