Os três eleitos subiram ao relvado do Estádio de Alvalade ao lado de Adrien, Tanaka, Jefferson e companhia, equipados a preceito, depois de terem vindo dos balneários. «Foi ótimo, excelente, eles são cinco estrelas. As pessoas nas bancadas não imaginam como eles são amigos. Ajudaram-nos bastante. Nós, das bancadas, não temos noção. Sou sócio há quase quarenta anos e não imaginava que os jogadores fossem tão sensíveis», contou Paulo Guimarães, sócio número 7.227, o mais velho do restrito grupo, com 51 anos.
Não houve um treino especial para estes adeptos que se juntaram ao grupo logo para o aquecimento. Uma corrida à volta do relvado que deixou logo em evidência a diferença na preparação física entre adeptos e profissionais. «Correu lindamente, foi um esforço grande, o pessoal não está habituado, mas correu muito bem, foi muito bom. O companheirismo deles é espetacular», contou Cristina Quatorze, de 44 anos, que tinha os dois filhos a acompanhar o esforço da mãe junto ao relvado.
Seguiram-se mais exercícios com bola, muitos sorrisos, mas logo a seguir chegaram três cadeiras para os reforços de circunstância descansarem. «Foram todos espetaculares, falaram super-bem connosco, são todos muito divertidos a treinar. Foi um sonho. Claro que não temos a preparação física deles, mas foi espectacular», contou Marco Ferreira, o mais novo do grupo e sócio número 111.342.
Mas ainda não tinha acabado. Ainda mal refeitos do primeiro esforço, Marco Silva mandou chamar os três novos jogadores para participarem na «peladinha» que já estava a decorrer. Os rapazes vestiram colete, enquanto a Cristina jogou sem colete. Jefferson bem se esforçou para que Paulo e Marco tocassem na bola. «Não marquei nenhum golo, infelizmente, mas já foi muito bom ter chegado aqui, um sonho», conta Marco visivelmente entusiasmado. Paulo, por seu lado, estava emocionado. «Estou cansado, lembro-me de alguém que está no céu, que é o meu pai, lembro-me do meu filho Diogo, que gosta muito do Sporting. Foi uma alegria enorme, uma experiência única», destacou.
Cristina Cuatorze, sócia número 22.556, foi naturalmente a mais apaparicada, por mais que não seja, por ser mulher. «Foi muito engraçado, os que falavam espanhol diziam atenção é a Chica. A peladinha foi muito engraçado, mas só consegui tocar uma vez na bola», contou.
Hora e meia de um treino leve para os jogadores, mas pesado para os adeptos que vão certamemte demorar a recuperar, mas também foi uma experiência que não vão esquecer tão cedo.
