A FIGURA: Sturgeon
Com a entrada de Carlos Martins para o onze do Belenenses, Sturgeon foi deslocado para a ala. Mas o criativo do azuis é um diabo à solta e aparece muitas vezes em terrenos alheios. Foi assim que abriu a contagem já nos últimos minutos do primeiro tempo: tirou (pelo menos) dois defesas do caminho e desbloqueou um jogo que estava difícil para a equipa de Jorge Simão. No segundo tempo quase repetiu a graça. Voltou a fazer o que quis da defesa minhota e atirou cruzado, mas ao lado.

O MOMENTO: expulsão de Alex (45+4)
Se a missão da equipa de Miguel Leal já estava complicada após as substituições forçadas e os dois golos sofridos em catadupa, o ponta-de-lança da formação minhota deitou tudo a perder após uma abordagem imprudente a um lance. Foi o «cheque-mate» num jogo que já estava quase perdido.

ACEDA À CRÓNICA DO BELENENSES-MOREIRENSE
 
OUTROS DESTAQUES

Carlos Martins
Tem futebol que baste para se assumir como o patrão do meio-campo do Belenenses, mas é preciso que as lesões lhe deem tréguas. Numa primeira parte deserta de ideias até aos minutos finais, quando se decidiu tudo, foi ele quem tentou organizar o jogo ofensivo da equipa de Jorge Simão. Está ligado ao segundo golo, com um livre que foi desviado para a própria baliza por Danielson. Está com 32 anos, mas mantém intacto o ADN que se lhe é conhecido. Tanto ao nível da visão de jogo como na virilidade.
 
Pelé
Jorge Simão apostou num falso duplo pivô, com Ricardo Dias e Pelé atrás de Carlos Martins. E dizemos falso porque o médio cedido pelo Milan raramente se fixou lá atrás. Ganhou asas e apareceu várias vezes em missões ofensivas, chegando até a visar a baliza contrária com perigo. Tem pulmão para dar e vender, sabe pisar os terrenos certos, mas precisa de melhorar no capítulo do passe.
 
Marafona
Sofreu dois golos sem culpas no cartório. Ainda na primeira parte, numa altura em que o Moreirense tentava ir vivo para os balneários, evitou por três vezes num minuto o terceiro golo do Belenenses.