Jogo intenso a abrir o Grupo B da Taça da Liga. Abel Ferreira e Pepa deixaram de lado as habituais poupanças desta competição, mexeram apenas nas balizas, e assistiu-se a uma partida recheada de conteúdo. O triunfo sorriu ao Sp. Braga (2-1), uma vez mais de cambalhota, como os arsenalistas parecem gostar.

Murillo causou calafrios quando acelerou no corredor direito, mas foi curto para um Sp. Braga audaz e que chamou a si quase todos os holofotes do jogo. Nem um golo histórico do Tondela, o primeiro de sempre na Pedreira, desviou os arsenalistas da missão de encurtar o caminho para a Final Four, que se disputa precisamente no Municipal de Braga.

Pela primeira vez a disputar esta fase da competição, depois de vencer o V. Guimarães naquele que é o único triunfo da época até agora, o Tondela desviou os seus próprios caminhos ao cometer uma grande penalidade escusada que abriu caminho à reviravolta da equipa da casa.

Alerta insuficiente

O técnico arsenalista tinha alertado na antevisão ao jogo para as saídas em transição da equipa do Tondela. Alertas que não foram suficientes, uma vez que Xavier marcou logo aos nove minutos. Processos simples, bola para Murillo na direita, com o extremo a fazer o esférico passar entre as costas da defesa e Marafona até Xavier encostar de pé esquerdo para o fundo das redes.

O tal golo histórico na Pedreira a vincar ainda mais a tendência do encontro. À partida expectava-se um Sp. Braga mais forte perante um Tondela a espreitar o contragolpe, uma propensão que saiu reforçada face à contingência de a equipa de Pepa iniciar o jogo praticamente em vantagem.

Momentos de aflição junto à baliza de Pedro Silva foram uma constante, o Sp. Braga assumiu descaradamente, por vontade das duas equipas, as rédeas do jogo. O conjunto de Abel Ferreira conseguiu várias finalizações, estiveram por cima, mas de forma algo desconexa. Numa das tais saídas o Tondela fez golo e num pontapé de canto enviou a bola ao ferro, assinando aquele que foi um dos lances mais perigosos da primeira metade.

Grande penalidade desbloqueia

O Tondela ameaçou o segundo no arranque da segunda metade, causou calafrios à Pedreira em dois lances com John Murillo em plano de destaque, mas faltou o acerto que sobrou na primeira metade. Numa hesitação entre Joãozinho e Pedro Silva o Sp. Braga desbloqueou o jogo.  Wilson Eduardo intrometeu-se e cavou uma grande penalidade, pondo nos pés de Dyego Sousa o empate.

Cerco apertado à baliza beirã, cresceu o Sp. Braga com o empate e foi em busca da cambalhota no marcador. Festejou-se com o segundo de Dyego Sousa, mas foi sancionado fora de jogo. Pouco depois Claudemir, acabado de entrar, atirou a bola ao ferro e fê-la passear-se pela linha de golo.

Adivinhava-se o golo que acabou por chegar por Fábio Martins, pouco depois de entrar. Cruzamento tenso de Sequeira, Fábio Martins fez o desvio subtil que estreita o caminho do Tondela na «Road to Braga» e deixa os arsenalistas com boas perspetivas.

Triunfo justificado do Sp. Braga, que nem sempre fez um bom jogo, mas que lutou contra a desvantagem e contra o retardar em em demasia o jogo por parte do Tondela. Os pupilos de Abel Ferreira parecem ter de ser espicaçados. Uma vez mais teve de ser de cambalhota, tal como os restantes jogos em casa disputados até agora.