O V. Guimarães agarrou o último bilhete para os oitavos de final da Taça de Portugal ao vencer o Feirense (2-1) no Estádio D. Afonso Henriques. Raphinha deu o primeiro golo a Heldon e assinou o segundo, que grande golo, sendo o pé esquerdo do brasileiro a guiar os comandados de Pedro Martins para a próxima eliminatória da prova rainha do futebol português.

Os vimaranenses atingiram o seu objetivo, demonstraram pormenores interessantes, principalmente quando Raphinha e Heldon aceleraram, mas a intermitência dos resultados acabou por se fazer sentir e o V. Guimarães tremeu, passando por dificuldades depois de estar a vencer 2-0 e com mais uma unidade em campo.

A atravessar momentos pouco felizes, Pedro Martins e Nuno Manta Santos apresentaram-se para a Taça de Portugal com equipas reformuladas. A nota de maior destaque vai para as alterações no V. Guimarães, uma vez que Douglas e Pedrão regressaram ao onze após longas ausências devido a problemas físicos. Ainda assim, apesar de contar com o regresso do central, Pedro Martins apostou em Wakaso a central, deixando Moreno no banco.

Muito gás, mas para pouco tempo

Ainda com a humilhante derrota diante da Oliveirense bem presente, o V. Guimarães entrou a todo o gás no encontro e precisou apenas de quatro minutos para abanar com as redes adversárias. Bola bombeada para as costas da defesa de Nuno Manta, Raphinha apanhou o setor mais recuado em contrapé para imprimir velocidade na direita, dando depois com as medidas certas para Heldon fuzilar.

Terceiro golo do cabo-verdiano, a adiantar o Vitória no marcador com a ameaça de um arranque prometedor. Teve sequência a boa entrada, Rafael Martins esteve isolado na cara de Miskiewicz, mas o remate forte teve no guarda-redes do Feirense uma boa oposição.

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Perdeu o gás demasiado cedo o conjunto de Pedro Martins e passou por alguns calafrios logo de seguida. Quatro minutos depois de sofrer o golo a equipa de Santa Maria da Feira respondeu com Valência a armar dois remates no mesmo lance, vendo o regressado Douglas fazer duas intervenções de recurso para evitar o empate.

Dez minutos destemidos de parte a parte, lances junto das duas áreas com perigo, mas este cenário diluiu-se rapidamente, arrastando-se depois o jogo até ao período de descanso com um ritmo inferior. Muitas cautelas, ninguém ousou em demasia uma exposição que decidisse o encontro.

De resolvido a tremido

A tentativa de resposta do Feirense sofreu um duro revés logo nos instantes iniciais da segunda metade. Depois de ter sido amarelado logo no segundo minuto do encontro, Jean Sony viu o segundo ao terceiro minuto da segunda parte e deixou Nuno Manta Santos com menos uma unidade em campo.

Raphinha, que já tinha fabricado o primeiro golo, tratou de arrumar com a questão com uma bomba do meio da rua a tornar a estirada de Miskiewicz impotente. Grande remate, a embater no poste, junto ao ângulo, antes de parar no fundo das redes.

O segundo golo do V. Guimarães a juntar à inferioridade numérica do Feirense praticamente arrumou com a eliminatória, mas o Feirense ainda manteve a indefinição no marcador até ao final. João Silva intrometeu-se entre Victor Garcia e Douglas, cabeceou para o fundo das redes deixando a dupla do Vitória mal na fotografia, e nos últimos minutos o Feirense ainda sonhou.

O apito final de Rui Costa confirmou o triunfo do V. Guimarães, sem o brilhantismo que começou por prometer, mas que devolve a equipa de Pedro Martins às vitórias antes da deslocação a Salzburgo, decisiva para as contas dos vimaranenses na Liga Europa. O Feirense encaixou a quarta derrota consecutiva e no espaço de uma semana sai borda fora da Taça de Portugal e fica praticamente arredado da Taça da Liga.

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