Figura: Tiago Silva

É indiscutivelmente o melhor intérprete do Feirense. Intensidade nos limites, bola colada ao pé direito e visão de jogo extraordinária. Se o que joga e faz jogar vale o destaque, o golo que marcou torna-o a figura da partida. Remate feliz e poderoso, com a bola a desviar em Leandrinho e a trair Leonardo. Coroou a exibição com uma assistência primorosa para Edinho. Já provou vezes sem conta que merece outros palcos.


Momento: Edinho trava em definitivo a invasão ao Castelo

O Rio Ave procurava reagir ao golo sofrido. Contudo, quando o adversário ainda estava em fase de convalescença, o Feirense fez o 2-0 e impediu a invasão verde e branco ao Castelo de Santa Maria da Feira. A precipitação de Nadjack ofereceu um livre lateral aos fogaceiros. Tiago Silva cruzou com acerto e Edinho ganhou às torres contrárias e decidiu o jogo.


Outros destaques:

Edinho: independentemente das cores que veste, o apetite pela baliza adversária permanece aguçado. Reforço de luxo para o Feirense: esta tarde apontou o terceiro golo da época. Poderoso no ar, surgiu a entre Tarantini e Nadjack a desviar de cabeça o livre de Tiago Silva. Ao mesmo tempo, Edinho sabe segurar a bola de costas para a baliza e combinar com os colegas. No fundo, oferece soluções ofensivas variadas à equipa. Aos 36 anos, continua a ser sinónimo de golos.

Galeno: a par de Dala, o melhor elemento do Rio Ave em Santa Maria da Feira. Agitador de todo o jogo ofensivo do Rio Ave, tentou inúmeras vezes servir os seus companheiros. Que o digam Tarantini e Buatu. Se o capitão vila-condenses cabeceou ao lado (40’), o defesa central nem sequer acertou na bola. Galeno não merecia. Parece caminhar para a época de afirmação plena na Liga.

Luís Machado: rápido e dotado tecnicamente, travou um duelo interessante com Nadjack. Conquistou o livre que deu origem ao segundo golo fogaceiro. No entanto, Machado destacou-se pelo remate excecional, em arco, que esbarrou no ferro. Seria, certamente, um dos melhores golos da carreira. Em suma, uma exibição interessante.   

Dala: foi deixado à sua sorte. Ocupou a posição de homem mais adiantado do ataque vila-condense, mas esteve sempre muito longe dos restantes companheiros. Ainda assim, das poucas vezes que foi servido ficou perto do golo. Logo a abrir, disparou para defesa apertada de Caio (5’) e, já na etapa complementar, cabeceou ao lado em zona privilegiada (50’). Qualidade não lhe falta, mas terá de ter melhor acompanhamento para a evidenciar.