Pepa, treinador do Tondela, em declarações na conferência de imprensa, após a vitória da sua equipa, neste sábado, diante do Nacional.

«É a primeira vez que conseguimos duas vitórias seguidas – e é uma pena só agora conseguirmos seis pontos em dois jogos. E depois do golo, o critério foi logo outro. Antes, parecia que a bola em algumas situações queimava, precipitávamo-nos em algumas situações em que estávamos sozinhos, mas isto é normal nas equipas que têm a corda no pescoço. Mas mesmo a ter de lidar com essa ansiedade, a equipa teve sempre uma entrega brutal. Esteve sempre concentrada no jogo e tivemos muito mais oportunidades para marcar, mas não o fizemos. Aí por mérito do guarda-redes do Nacional, mas também demérito nosso, que temos de ser mais eficazes. Porque custa tanto chegar lá que depois, quando chegamos, temos de marcar. Foi um jogo muito intenso, de nervos, em que a vitória nos assenta bem. Estamos cá para a luta e o foco está já no próximo jogo. Não temos hipótese de relaxar, temos de estar ligados à ficha com a intensidade no máximo.»

[acha que o Nacional ainda se mantém na luta?]

«Claro que sim. Faltam 12 pontos. E às vezes, querer enterrar os vivos corre mal. Já nos enterraram muitas vezes e nós estamos aqui para a luta. E o Nacional continua na luta, é uma equipa que tem um bom plantel e um bom treinador, hoje perdeu aqui, mas ainda tem 12 pontos em disputa. E nós temos é de nos focar no nosso caminho.»

[em mês de peregrinação, o Tondela pode repetir o milagre da época passada?]

[risos] «Se fosse por uma questão de milagre, era fácil: pegávamos num autocarro, íamos a Fátima e ficávamos à espera de 12 pontos. Mas ninguém nos vai dar esses pontos assim. Temos de ser nós a ter fé e a acreditar, mas se não dermos à perna ninguém nos dá nada.»