Pepa, treinador do Tondela, analisa a goleada sofrida na Luz, para a 18ª jornada da Liga (4-0): 

«A vitória é justa. Não conseguimos porque do outro lado está uma das equipas com volume ofensivo mais forte da Europa. Sentimos isso na pele. Sofremos o primeiro golo num lance de bola parada, e os outros dois têm a ver com trabalho, com a basculação vertical da equipa. Temos de retirar profundidade. Basta um segundo para ficarmos na dúvida quanto ao fora de jogo. Foi isso que aconteceu com o Rafa e com o Nélson Semedo.»

«Dou os parabéns ao Benfica, porque acelerou muito bem o jogo. O Salvio entrou bem, criou dificuldades. Enquanto tivemos capacidade física deixámos boa imagem, mas não queremos só deixar boa imagem. Precisamos de pontos.»

[estreou-se com o Braga e agora defrontou o Benfica…também não seriam os jogos ideais para começar…] «São os ideais, são. Não são os ideais para quem se quer esconder. Defrontámos equipas fortes e temos homens para ir lá para dentro. Mostrámos carácter. Faltou eficácia, definir melhor no último terço. Sem bola formos organizados, e aos 60 minutos caiu por terra. Claro que depois ainda podíamos marcar, mas o Benfica continuou a crescer, com velocidade, e acabámos por ceder um pouco em termos físicos. Em termos emocionais não tanto. Acaba por ser um resultado pesado, mas é o que é. O que interessa são os pontos.»

[sobre a luta pela permanência] «O discurso tem de ser realista. Não vamos estar aqui a vender banha de cobra. Temos de agarrar-nos ao que foi positivo. Tivemos dois jogos difíceis, fora de casa, e não somámos qualquer ponto, nem fizemos qualquer golo. Mas sinto que a organização está lá. Quando pensam que estamos a cair, desmotivados ou a desistir…longe disso. O Tondela vai reerguer-se quando menos esperarem. Não foi hoje, mas as coisas vão acontecer com naturalidade.»