Prosseguem as negociações entre FC Porto e Nuno Espírito Santo, o escolhido para suceder a José Peseiro. Nesta altura discutem-se questões como a composição definitiva da nova equipa técnica, entre outros pormenores. Tudo ficará definido até final da semana.

Nuno Espírito Santo deve assinar um contrato válido por duas temporadas. Nesta terça-feira, à margem da apresentação de um livro, o treinador recusou comentar o tema: «Não é o momento».

A seu lado - ao que tudo indica - estarão Rui Silva, como adjunto mais próximo de Nuno (à direita na fotografia), e António Dias (à esquerda), responsável pela preparação física. Os dois elementos regressam ao FC Porto, tal como o antigo guarda-redes.

Rui Silva tem 39 anos e começou por trabalhar como scout no clube portista até 2010, altura em que aceitou o convite de Jesualdo Ferreira para se assumir como treinador-adjunto no Málaga e posteriormente no Panathinaikos.

Nessa altura, Nuno Espírito Santo era treinador de guarda-redes e José Gomes o principal adjunto de Jesualdo.

Na época 2012/13, quando Nuno assumiu o comando técnico do Rio Ave, Rui Silva surgiu a par do homem que vai agora treinar o FC Porto.

Rui Silva é o elemento mais próximo de Nuno Espírito Santo e, para além do trabalho de campo, costuma assumir igualmente a observação dos adversários.

António Dias, de 33 anos, será o novo preparador físico. Curiosamente, o jovem técnico trocou o FC Porto pelo Rio Ave em 2012 precisamente por querer dar esse passo em frente na carreira.

Vale a pena recuperar a forma como António Dias chegou ao clube azul e branco. Depois de algumas formações em Itália, o jovem tornou-se conhecido em 2004 por surgir como o elemento que facilitaria o contacto de Luigi Del Neri com o plantel.

Del Neri, como se sabe, ficou poucas semanas no FC Porto mas António Dias demonstrou competências interessantes e manteve-se no clube.

O jovem natural de Braga trabalhou essencialmente como recuperador físico, dedicando-se aos lesionados do plantel, até que surgiu o convite de Nuno Espírito Santo para rumar ao Rio Ave e assumir-se como preparador-físico, como era sua ambição.

Nessas duas épocas em Vila do Conde e no primeiro ano em Valência, Nuno contou ainda com o escocês Ian Cathro na sua equipa técnica. Cathro, porém, assumiu novos desafios em 2015, rumando ao Newcastle.

Em cima da mesa continuam nomes para os cargos de treinador de guarda-redes e de segundo adjunto, normalmente um homem da casa.

Daniel Correia, que estava no FC Porto B até à saída da equipa técnica liderada por Julen Lopetegui, pode manter-se no cargo para 2016/17, depois de trabalhar com o interino Rui Barros e com José Peseiro.

A maior expetativa, de qualquer forma, gira em torno do tal «adjunto da casa».

Rui Barros seria um candidato natural mas o homem que assumiu a transição entre Lopetegui e Peseiro - com o desgaste associado a essa exposição - poderá não estar novamente disponível para ocupar um posto na estrutura que se está a formar.