Pedreira a seis pontos. O Benfica superiorizou-se ao Sp. Braga, vencendo por 3-1 o jogo de cartaz do arranque da segunda volta com um de forma segura. Salvio, Jonas e Jiménez marcaram os golos encarnados no Minho, aumentando para seis pontos a diferença para os bracarenses e pressionando ao mesmo tempo os rivais, que ainda têm de jogar esta jornada.

O conjunto de Rui Vitória teve quase sempre o controlo do jogo, apenas abanando com o golo do Sp. Braga a um quarto de hora do fim, que levou a discussão do resultado até aos derradeiros instantes. Jiménez entrou a tempo de falhar isolado e de arrumar com a questão nos descontos. O triunfo benfiquista teve tango argentino no primeiro golo e tento habitual de Jonas a cimentar uma prestação segura.

De volta à fórmula do dérbi, Rui Vitória fez Fejsa regressar ao meio campo encarnado por troca com Samaris, apresentando em Braga exatamente o mesmo onze que defrontou o Sporting há duas jornadas. O médio sérvio foi peça-chave na manobra da equipa.

Tango argentino a abrir

Com o jogo aberto, em que ambas as equipas procuraram soluções para chegar à área adversária, Fejsa foi fundamental a encurtar o espaço e o tempo de manobra aos pensadores de jogo do Sp. Braga, obrigando os minhotos a falhar demasiados passes. Em contraponto, o Benfica teve sempre mais qualidade com bola, dominado por isso as operações, ainda que sem uma avalanche de oportunidades de golo.

Um raide argentino de Cervi e de Salvio no corredor central fizeram a diferença na primeira metade, dando expressão ao domínio benfiquista. Arrancada do primeiro a aproveitar um buraco na equipa de Abel, serviu depois Salvio nas costas da defesa, de argentino para argentino, com o camisola dezoito a desviar de forma subtil de Matheus.

A resposta bracarense saiu dos pés de Esgaio. O seu pé direito é temível quando chega a zona de assistência; foi o que aconteceu, o lateral foi à linha de fundo e serviu Ricardo Horta, mas o atacante não conseguiu fazer a emenda quando as bancadas da Pedreira se preparavam para explodir.

Jonas e Paulinho, os suspeitos do costume

Logo no primeiro lance da segunda metade, o Benfica esteve perto de fazer o segundo, com Jardel a atirar ao ferro da baliza de Matheus num lance em que Soares Dias ainda recorreu ao VAR para descortinar uma eventual falta posterior, de Paulinho sobre Jonas, na área bracarense.

Ainda assim, apesar do susto inicial, o Sp. Braga tentou equilibrar forças na segunda metade. Entrou aguerrido com várias aproximações à baliza de Bruno Varela. Pouco tempo de crença do emblema da cidade dos arcebispos. Ao quarto de hora da segunda parte, Jonas marcou pelo sétimo jogo consecutivo. O golo do costume, de cabeça, a quase definir o resultado, a corresponder a cruzamento de André Almeisa.

Quase porque os guerreiros não baixaram a guarda, Paulinho aproveitou um excelente cruzamento de Ricardo Horta e uma saída extemporânea de Bruno Varela para reduzir quando ainda havia quinze minutos para jogar. Nem uma oportunidade para Raúl Jiménez arrumou com a questão quando o avançado estava completamente isolado.

Abel prometeu lutar até aos últimos segundos, a equipa do Sp. Braga cumpriu, mas acabou por sucumbir definitivamente nos descontos perante o terceiro encarnado. Jiménez não falhou desta vez, matando o jogo com um remate em vólei, em nova assistência de Franco Cervi.

Foi mais eficaz a equipa do Benfica e teve capacidade para gerir os diferentes momentos do jogo. Segundo triunfo consecutivo dos encarnados, a deixar o Sp. Braga e seis pontos e a pressionar os rivais. Iguala, à condição, o Sporting. As nuvens negras parecem estar a esfumar-se com os dois triunfos sólidos conseguidos no Minho, em Moreira de Cónegos e esta noite em Braga.