Nesta altura, o médio está sem clube: rescindiu com Balikesirspor por ordenados em atraso e vai ficar sem clube até final da época.
Aproveitando a presença na apresentação do site de Adrien, na terça-feira, André Santos falou sobre a situação difícil que viveu na Turquia, falou sobre o Sporting e falou sobre o futuro: fala-se de Rio Ave, mas ainda não há uma decisão definitiva.
Rescindiu unilateralmente com o Balikesirspor: como está essa situação?
Neste momento o meu advogado está a resolver a situação. Ainda tinha mais dois anos e meio de contrato, mas também devido às condições do clube e à situação em que está mergulhado, e como tinha três meses de salários em atraso, decidi ficar um jogador livre.
Abdicou dos dois anos e meio de contrato que ainda tinha?
Eu não abdiquei de nada. Automaticamente, quando um clube fica três meses sem pagar, o jogador pode rescindir por justa causa e o clube tem de pagar o contrato todo. Portanto tenho dois anos e meio de contrato para receber. O advogado já entrou com o processo na FIFA e espero por uma decisão.
Os seis ou sete meses que passou na Turquia foram muito difíceis?
Houve várias situações, até com o presidente, não quero muito falar disso, mas a verdade é que estar naquele ambiente, com aqueles problemas, e ainda por cima longe da família, são coisas que afetam psicologicamente uma pessoa.
Deixou marcas?
Agora voltei para Portugal, voltei para junto da família, estou a treinar e mentalizei-me que o que passou, passou, por isso agora o importante é preparar-me bem para o regresso.
Numa altura em que há muitos jogadores portugueses a emigrar para a Turquia, aconselhava os seus colegas a pensar muito bem antes de dar esse passo?
O campeonato turco é um bom campeonato, é competitivo, facilmente o primeiro classificado perde com o último. É um campeonato sem problemas. Muita gente dizia-me que era perigoso viver na Turquia, nunca senti isso. Agora vai permitir onze estrangeiros por equipa, por isso acho é uma boa oportunidade para os jogadores portugueses.
Não teria problemas em voltar, se fosse preciso?
Não teria qualquer problema em voltar à Turquia se houvesse essa possibilidade. Nem ao estrangeiro, nem à Turquia. Já estive lá e conheço bem aquilo.
Falando do presente, o que segue agora?
Agora vou procurar a melhor opção para continuar a carreira.
Terá de ser obrigatoriamente em Portugal?
Não. Pode haver a possibilidade de regressar a Portugal, como pode haver a possibilidade de continuar no estrangeiro. Vou esperar que acabem os campeonatos, ver os treinadores que ficam e que não ficam e depois decidir o melhor para mim. Já recebi algumas sondagens de clubes de Portugal e de fora, mas vou esperar mais algum tempo.
Não há muito tempo falou-se do Rio Ave...
Houve vários contactos da Liga, mas não quero falar de nomes de clubes.
Mas dará sempre preferência a Portugal?
Não, dou preferência por um bom projeto. Se for em Portugal, ótimo, se não for, não há problema nenhum em voltar a emigrar.
Não é mais difícil arranjar um clube quando se está há meio ano parado?
Não estou parado. Tenho estado a trabalhar de manhã e de tarde com um preparador físico, todos os dias, descanso só ao sábado e domingo, e fisicamente sinto-me bem.
Mas não joga futebol...
Claro que sinto saudades do futebol, mas faço uns jogos com uns amigos para matar saudades da bola. Mas o mais importante é manter-me bem fisicamente, porque bola tenho o ano todo.
Gostava de um dia poder voltar ao Sporting?
O Sporting foi o clube onde passei toda a minha formação e se houvesse essa possibilidade, claro que gostava de voltar ao Sporting. É um clube pelo qual sempre tive enorme carinho.
Houve uma altura em que era considerado o futuro número 6 do Sporting: o que é que lhe aconteceu entretanto?
São coisas que acontecem no futebol, contratações, treinadores, coisas normais. Não quero pensar muito no passado. Quero pensar no futuro, em estar bem e em jogar.
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