A análise ao relatório e contas do Benfica permite retirar uma conclusão curiosa: a contratação de Franco Jara acabou por ser um fiasco, não só desportivamente mas também financeiramente.

O extremo argentino nunca conseguiu segurar um lugar no plantel encarnado, acabando por ser várias vezes cedido por empréstimo, até ser vendido em definitivo no último mercado de inverno, em janeiro de 2015.

Ora de acordo com o que o Benfica comunicou à CMVM em janeiro de 2010, Franco Jara custou 5,5 milhões de euros. O contrato do jogador, garantindo junto do Arsenal de Sarandí, teve início a partir de 1 de julho desse ano de 2010.

No último relatório e contas, o Benfica especifica que as vendas de Bernardo Silva e Franco Jara ainda não foram contabilizadas, por terem sido posteriores ao fecho do semestre, mas que juntas totalizaram 17,25 milhões de euros.

Por isso, e sabendo-se que Bernardo Silva rendeu os 15,5 milhões garantidos na opção de compra do contrato do empréstimo, facilmente se concluir que a venda de Franco Jara ao Olympiakos foi de 1,75 milhões de euros.

O que significa que em quatro anos e meio (entre 1 de julho de 2010 e janeiro de 2015), o argentino desvalorizou 3,75 milhões de euros. O que significa que uma perda de valor de 830 mil euros por ano, em cada um dos 4,5 anos que passou no Benfica.