O Sporting e Marco Silva voltaram a falar, na tentativa de chegar a um entendimento para a rescisão amigável, mas essa primeira tentativa falhou.
 
Mas vamos por partes.
 
Antes de mais é necessário dizer que o primeiro contacto aconteceu na quarta-feira, através dos advogados do Sporting, que contactaram os advogados de Marco Silva. Nessa foram estabelecidas as conversações preliminares.
 
Depois disso o Sporting apresentou uma proposta, que passava pela rescisão amigável com o pagamento de um ano de contrato: neste caso o próximo ano, que seria o segundo, antes do vencimento subir, o que aconteceria a partir da terceira época.

Basicamente Marco Silva aceitava sair com uma indemnização de 350 mil euros líquidos, que era o que receberia no segundo ano de contrato.
 
As partes puseram-se de acordo em traços gerais e começaram a redigir o contrato de rescisão.
 
Foi nesta altura que chegou o problema que deitou por terra o acordo: o Sporting exigiu colocar numa das cláusulas a impossibilidade de Marco Silva treinar o FC Porto, o Benfica e o Sp. Braga nos próximos anos, bem como exigiu noutra cláusula que Marco Silva não pudesse falar do Sporting durante também vários anos.
 
Nessa altura Marco Silva respondeu que assim não havia acordo.
 
O treinador referiu então que não aceitava que o Sporting, que avançou para um processo disciplinar com a intenção de o despedir, pudesse condicionar o futuro dele. Por isso, e porque o clube considerou que não tinha condições para cumprir o contrato que as duas partes fizeram, Marco Silva respondeu que nem pensar.
 
O Sporting manteve a versão e garantiu que as cláusulas eram inegociáveis.
 
Por isso nesta altura as partes voltaram a afastar-se da possibilidade de chegar a um acordo para a rescisão de contrato.
 
Nos próximos dias, no entanto, é possível que este dossier volte a ser colocado em cima da mesa.
 
É do interesse das duas partes rescindir o contrato, por um lado porque o Sporting precisa de oficializar Jorge Jesus - e já marcou data para o fazer, na circunstância a próxima quarta-feira -, e por outro lado porque Marco Silva continua a ter o Olympiakos à espera.
 
Refira-se que neste caso, o clube grego chegou a avisar o treinador que iria partir para a procura de outras soluções, como o Maisfutebol escreveu, mas as coisas mudaram entretanto.
 
O Olympiakos queria apresentar o sucessor de Vítor Pereira até à passada segunda-feira, mas não encontrou uma solução que lhe satisfizesse e por isso não o fez.
 
Por outro lado, a indefinição económica na Grécia, com a possibilidade do país sair do Eurogrupo, o que teria graves implicações financeiras, também deu mais tempo a Marco Silva: nesta altura de indefinição, todas as decisões têm de ser muito ponderadas.
 
Nesse sentido o Olympiakos manifestou ao treinador que está disponível para esperar mais alguns dias. Mas é necessário, ainda assim, que a rescisão do contrato com o Sporting aconteça rapidamente.