*Por Arnaldo Cafofo

Luís Norton Matos era um treinador satisfeito na sala de imprensa com o triunfo desta noite sobre a Académica, que vale ao União da Madeira três pontos muito importantes na luta pela permanência:

«Já há muito que poderíamos ter um final feliz. Nunca perdemos o Norte, nunca perdemos o controlo emocional. Fizemos um campeonato em que estivemos sempre acima da linha de água. Como disse na antevisão, este era um jogo extremamente importante para termos uma margem de segurança e conseguirmos o nosso objetivo. Estamos a um ponto da manutenção. E só quando matematicamente estiver tudo garantido é que podemos festejar. Para já, estamos mais próximos do objetivo e este jogo era fundamental para o conseguirmos.» 

[Esta vitória dá ânimo para as jornadas que faltam?] «Vamos encarar os próximos jogos com profissionalismo. Vamos jogar pela dignidade do clube e da competição e pensar que no próximo jogo temos de fazer pelo menos um ponto para não dependermos de mais ninguém. Trinta pontos serão suficientes. Mais um ponto e ficamos a seis da Académica e do Tondela. Não vamos abrandar nada, nem entrar em euforias. Libertámo-nos hoje com a alegria da vitória, mas temos de ter os pés assentes na terra. Hoje houve um jogo um pouco incaracterístico. O golo libertou-nos e depois com o segundo foi mais libertador. O fato de terem reduzido logo a seguir fez pairar aquela dúvida… A expulsão veio facilitar um bocadinho e a entrada do Kusunga foi no sentido de fechar o jogo aéreo da Académica que estava a ser perigoso. O terceiro golo já no fim libertou-nos completamente. Conseguimos estar compenetrados e com grande espírito de entreajuda. Valeu essa parte emocional da equipa, que sabia que não podia perder este jogo e levou esse sentimento até ao fim. Terminámos o jogo felizes.»