Por Arnaldo Cafofo

Luís Norton de Matos, treinador do U. Madeira, depois da derrota em casa frente ao Moreirense (0-1) para a 21ª jornada da Liga:

«O que aconteceu foi futebol. Foi um desafio que começámos bem e com um golo anulado. Não sei se foi bem ou mal anulado. Foi um movimento do Danilo de trás, não vi o juiz de linha com a bandeirola levantada. Dou o benefício da dúvida. Se foi bem anulado, não tenho nada a dizer. Se houve um erro, penalizou-nos muito.»

«Logo a seguir  o Danilo poderia ter feito golo e depois fizemos aquilo que tem sido mais do mesmo noutros jogos e que penaliza muito: uma bola perdida de uma forma infantil no meio campo que dá origem ao golo do Moreirense e, numa outra ocasião, um erro que não deu golo porque o Rafael Alves fez uma grande defesa. Essas duas ocasiões perturbaram a equipa, que não revelou maturidade a jogar em casa. Fomos atrás do prejuízo do jogo e não tivemos serenidade e discernimento para contrariar uma equipa que depois fez aquilo que se esperava, que era defender os três pontos. Na segunda parte o jogo teve um sentido único. O Danilo teve uma oportunidade para marcar. O Moreirense renunciou ao ataque, praticamente não criou nenhuma situação e não tivemos  a capacidade que outras equipas têm, com tanta gente a defender, de virar o jogo.

São três pontos que deixamos fugir em casa, que é o pior resultado que podíamos esperar. Não me surpreendeu o Moreirense que, como já tinha dito na conferência de imprensa de antevisão, me pareceu uma equipa cínica. Já o fez perante o Guimarães e o Arouca. Fomos vítimas de um jogador extraordinário que é Rafael e contra esses factos não há argumentos. Ele e o Iuri Medeiros são dois jogadores que praticamente carregam esta equipa.»

«Não posso apontar nada aos meus jogadores, mas estamos tristes por este resultado. Julgo que por ser um adversário direto era fundamental termos mantido a distância que tínhamos antes do jogo.»