A Pedreira continua uma fortaleza. O Sp. Braga venceu o União da Madeira no jogo de encerramento da jornada 27 da Liga, cimentando, tal como tinha pedido Paulo Fonseca, o quarto lugar. Josué e Stojiljkovic apontaram os golos do triunfo tranquilo por duas bolas a zero sobre os insulares num jogo em que os bracarenses nem precisaram de acelerar muito.

O figurino ficou desde cedo, e de forma esperada, estabelecido. O União da Madeira apresentou-se no municipal bracarense com o mesmo esquema que utilizou na Luz e no Dragão, com um defesa central – Tiago Ferreira – no miolo assumindo a sua modéstia no terreno do Sp. Braga. Na esquerda estreou-se Rúben Lima no lugar do indisponível Joãozinho. 

De uma forma alegre, depois da jornada de glória na Liga Europa com o triunfo sobre o Fenerbahçe (4-1), os pupilos de Paulo Fonseca jogaram desinibidos, a um ritmo pouco intenso quase que parecendo com algum relaxamento.

A realidade é que os arsenalistas não precisaram de pisar muito o acelerador para jogar no meio campo adversário, rematando muito e de forma destemida. Faltou o discernimento habitual, mas as contas do campeonato permitem uma gestão tranquila. Assim sendo, a baliza de Gudiño ia sendo alvejada sucessivamente enquanto os insulares espreitava o contra-ataque.

A resistência do União da Madeira durou até ao minuto 36, altura em que Josué abriu o ativo. O árbitro Rui Oliveira deixou passar em claro uma falta de Paulo Monteiro sobre Hassan no interior da área, ficando por assinalar grande penalidade. Josué não precisou do penálti, marcando pouco depois de livre.

Golo de acordo com as regras que vêm nos livros, com uma cobrança que até faz a execução parecer fácil a dar uma vantagem justa pela margem mínima aos arsenalistas no período de descanso. Pedia-se mais aos pupilos de Norton de Matos que se depararam com muitos obstáculos para esboçar contra golpes face às dificuldades sentidas para sair a jogar.

O JOGO, AO MINUTO

No reatar do encontro Toni Silva ainda esboçou uma tímida reação, de cabeça, mas foi um teste muito simples à atenção de Marafona. Com apenas cinco minutos do segundo tempo jogados Stojiljkovic ampliou a vantagem e, se ainda haviam dúvidas, arrumou com o jogo.

O cronómetro avançou até ao minuto noventa sem grandes motivos de interesse. O União não demonstrou argumentos para importunar um Sp. Braga a jogar num ritmo moderado. Crislan voltou à competição dois meses e meio depois de se ter lesionado e Hassan atrapalhou-se um par de vezes com a bola em zona de finalização acabando o jogo em branco fazendo o marcador parar nos dois golos de diferença.  

Triunfo natural do Sp. Braga, que se agarra o quarto lugar com uma almofada de nove pontos de vantagem para o quinto classificado, uma diferença pontual importante para quem está ainda em todas as frentes. Um quarto lugar cimentado numa fortaleza de pedra.

O União desde cedo assumiu que as suas armas eram demasiado ténues para perfurar a Pedreira, limitando-se a resistir com humildade.