A figura: Cláudio Ramos

O guardião português tem assumido figura de destaque na recuperação pontual que o Tondela encetou nas últimas jornadas, mostrando sempre muita segurança aos seus colegas de setor. Na primeira parte negou, por duas vezes, o golo a Farías, surgindo a fazer a mancha quando o venezuelano tinha tido para chegar ao empate. Na etapa complementar, não foi obrigado a intervenções de tanta dificuldade, mas manteve-se sempre como estandarte de segurança.

O momento: entrar a ganhar... uma novidade

Marcar cedo é uma novidade absoluta para o Tondela que, em casa, entra, muitas vezes... a sofrer. Nesta partida de importância capital, os tondelenses marcaram logo aos sete minutos, numa jogada de grande confusão, com alguns ressaltos à mistura, em que o golo é atribuído a Pica. Essa vantagem revelar-se-ia preciosa, para as necessidades tondelenses.

Outros destaques:

Gudiño

O mexicano não quis ficar atrás do seu companheiro de posto, e revelou-se uma figura central da partida, impedindo que o Tondela dilatasse o marcador. No lance do golo foi surpreendido por vários ressaltos, mas quase conseguiu evitar que a bola entrasse. Na segunda parte fez a defesa da tarde, opondo-se a um bom remate de Wagner.

Lucas Souza

Voltou a mostrar-se um poço de força, sendo a balança que equilibra a equipa defensivamente. Está a fazer uma época muito interessante o médio mais recuado de Petit, que foi outra vez um dos esteios de uma equipa que passou muito tempo a defender.

Pica

Demorou a conseguir uma oportunidade, mas quando a teve não desperdiçou, conquistando um lugar no centro da defesa auri-verde. Com quatro anos de «casa», é um dos jogadores mais acarinhados pelos adeptos, o que se deve à entrega que coloca em cada lance. Depois de já ter marcado o golo do empate na última partida caseira, repetiu a façanha nesta partida e assume-se claramente como um dos rostos da retoma tondelense. Não tem problemas em jogar feio, desde que consiga afastar o perigo da sua área.

Toni Silva

Um dos jogadores que mais tentou remar contra a desvantagem madeirense. Sobretudo na segunda parte, a sua velocidade deu muito trabalho a Nuno Santos, que perdeu a maioria dos lances para o camisola 20 do U. Madeira. Tivesse conseguido definir melhor a última fase dos lances, e poderia ter saído como herói da sua equipa.

Paulinho

O lateral-direito unionista cumpriu defensivamente e conseguiu sempre envolver-se na dinâmica ofensiva. Foi dos seus pés que partiram os cruzamentos mais perigosos na primeira parte, aos quais Farías não deu o melhor seguimento.