*Por Arnaldo Cafofo

Era um jogo que valia quase como uma final na luta pela manutenção. Venceu o União, que com este 3-1 quase se salva e também quase atira a Académica para a II Liga, cavando uma diferença de cinco pontos quando há seis em disputa.

Depois de uma primeira meia-hora pouco interessante, o União abriu o marcador quase em cima do intervalo (aos 42’).

Élio Martins, o homem do jogo, apareceu para inaugurar o marcador numa recarga após defesa incompleta de Trigueira a livre de Breitner.

Mal batido o guarda-redes da Académica. Ainda assim, os «estudantes» quase empatavam ainda antes da primeira terminar. Gonçalo Paciência num pontapé-de-bicicleta espetacular levou a bola a passar muito perto do poste. Seria um golão…

Na segunda parte, a Académica ficou sem o técnico Filipe Gouveia, expulso logo aos 49’, num desentendimento com Amilton, que passado alguns minutos passaria por Ricardo Nascimento e assistiria Élio Martins que ao segundo poste apareceu para bisar.

Estava ainda não estava resolvido. E o capitão da Académica, Fernando Alexandre, viria a puxar pela cabeça para desviar num canto e reduzir, com a bola a bater ainda em Shehu ainda antes de ultrapassar a linha de golo.

A Académica parecia disposta a nos vinte minutos finais dar o tudo por tudo para chegar ao empate, mas acabaria por ter outro revés, quando Amilton voltou a passar por Ricardo Nascimento, que foi expulso ao derrubá-lo quando seguia isolado para a baliza.

Com mais um jogador em campo os insulares respiraram e tomaram conta do jogo. Até ao final do desafio tentaram arrumar o jogo, dominaram, mas só conseguiram respirar definitivamente com o golo de Gian Martins já em tempo de descontos.

Um golo que serviu para fazer a festa na Madeira. Às custas da Académica, que quase fica condenada juntamente com o Tondela, União deu um passo decisivo na luta pela manutenção. E pelo caminho também ajudou o Boavista, que garantiu matematicamente a permanência.