União da Madeira e Benfica não chegaram a acordo sobre uma nova data para o jogo, que esta tarde foi adiado devido ao denso nevoeiro que se abateu na Choupana, casa emprestada dos unionistas. Sem acordo, a decisão será agora tomada pela Liga.
 
Em comunicado, o Benfica diz que «segundo os regulamentos, o jogo teria de ser realizado nas 30 horas seguintes, no mesmo local, com a mesma equipa de arbitragem, contudo, há exceções, sendo uma delas a presença de internacionais nas seleções». «Uma vez que o Benfica tem dez atletas nessa situação, o jogo terá de ser remarcado», referem os encarnados.
 
O Regulamento de Competições da LPFP, no seu artigo 46.º, prevê que os «jogos adiados ou interrompidos devido a caso fortuito ou de força maior» devem realizar-se ou completar-se «no mesmo estádio, dentro das 30 horas seguintes».
 
O mesmo artigo refere, no ponto c) o jogo poderá não se realizar nesse prazo se «qualquer um dos clubes em causa tenha que dispensar algum dos seus jogadores para a respetiva seleção nacional, caso em que o jogo deve ser realizado ou completado em data a estabelecer por acordo entre os clubes dentro do prazo das quatro ou duas semanas seguintes, consoante a duração da convocatória dos jogadores para as seleções nacionais».
 
Os responsáveis das duas equipas podem chegar a acordo para não realizar o encontro neste prazo, mas, de acordo com o artigo 42.º do mesmo regulamento, «os jogos das competições oficiais adiados no decurso da primeira volta têm de ser realizados obrigatoriamente no decurso das seis semanas que se seguirem à data inicialmente fixada para o jogo, salvo casos de força maior devidamente comprovados e reconhecidos por deliberação da Comissão Executiva».
 
Contudo, o presidente do União da Madeira, Filipe Silva, já afirmou que não está disponível para jogar além dessas quatro semanas e queixa-se da irredutibilidade do Benfica.
 
«Fazia todo o sentido que o jogo fosse amanhã. Já tivemos este precedente de jogadores que estavam convocados para as seleções e foram um dia mais tarde. Comunicavam à Federação e os jogadores iam na terça-feira. Não estou a perceber por que o Benfica não optou por esta solução. Para nós o jogo seria segunda-feira, mas agora queremos cumprir os regulamentos», concluiu.
 
«Antevejo algumas dificuldades porque segundo o artigo 46º dos regulamentos o jogo terá de ser marcado entre duas a quatro semanas. O Benfica tem um calendário muito apertado e competirá à Liga tomar uma decisão. Nós estamos disponíveis para a data que a Liga escolher dentro dessas quatro semanas. Se os regulamentos dizem que seja entre duas a quatro semanas não sabemos como se poderá realizar o jogo para lá das quatro semanas», frisou.