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Filipe Silva, presidente do União da Madeira, dá dois jogos ao treinador Luís Norton de Matos para «mudar tudo». O dirigente assumiu, de resto, que se houvesse mais tempo até ao jogo contra o Benfica [terça-feira] mudaria de imediato de treinador.

O União joga contra as águias a 15 de dezembro e no próximo fim de semana contra o Sporting, 20 de dezembro. Sempre na Madeira.

Filipe Silva falou aos jornalistas após os 6-0 sofridos em Paços de Ferreira.

«Temos de honrar as camisolas. Podemos perder, mas não assim. Houve falta de profissionalismo de todos os setores. Incluindo a equipa técnica», disse Filipe Silva.

«Estamos numa encruzilhada. Não é possível tomar grandes medidas num curto espaço de tempo, ainda por cima a Liga não está aberta ao sábado e ao domingo. Isto cria-nos a impossibilidade de tomar outras decisões».

«Estes jogadores e esta equipa técnica têm dois jogos para alterar isto tudo. Sob pena de tomarmos medidas mais drásticas».

Filipe Silva acrescentou depois que não exige a vitória nas duas partidas, mas uma postura «radicalmente distinta». «Após o jogo reavaliaremos tudo».

Norton de Matos falou antes e recusou o cenário de afastamento

O presidente falou aos jornalistas depois de Norton Matos o ter feito. O treinador recusou, por completo, o cenário de demissão. Mas isso foi antes de ter escutado as palavras do dirigente. Como será depois disto?

O presidente do União deixou várias críticas ao treinador atual. Incluindo uma relacionada com os dias de férias.

«Quando as pessoas estão mais focadas em discutir se vão ter cinco ou seis dias de férias… no futebol profissional tem de haver foco total. Treinar, jogar e dar o máximo. Demos uma péssima imagem do União e sinto-me envergonhado. Estava à espera de um mea culpa por parte do treinador e não houve».

«Gosto de ser muito racional. Não gosto de reagir de forma impulsiva. Mas temos de ser sérios. Não podemos dizer que está bem quando está mal. O União tem 102 anos e merece respeito. O Paços é uma boa equipa, mas não é o Porto, Benfica ou Sporting».

«Não sou autista, consigo ver o que está bem e o que está mal. A tolerância é mesmo zero e vou transmitir isso ao treinador e jogadores».

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