* por André Zamith

Vitória importante para o União da Madeira, no confronto direto com outro dos aflitos na Liga, o Tondela. Danilo Dias marcou o primeiro dos madeirenses, de cabeça, e ofereceu o segundo a Jhonder Cádiz. O ponta de lança venezuelano acabou com as dúvidas aos 67 minutos.

Qualidade pobre, equipas afligidas, a bola a queimar nos pés e os guarda-redes a terem uma primeira parte de absoluto descanso. A exceção esteve no lance que originou o primeiro golo do União, com Danilo a cabecear de forma excelente após cruzamento de Breitner.

A perder, Rui Bento arriscou (lançou Murillo e Salva Chamorro), mas abdicou daquele que estava a ser o melhor em campo: Oto’o.

FICHA DE JOGO E NOTAS AOS ATLETAS

A pressão do Tondela originou um golo, mas na baliza mais improvável. Depois de um passe longo de Paulo Monteiro, Danilo Dias fugiu na esquerda e serviu Cádiz com um passe atrasado. O venezuelano aproveitou para se estrear a marcar na Liga.

Por essa altura – meio da segunda parte -, o Tondela vivia o seu período áureo na partida. Raphael Guzzo obrigou André Moreira a uma defesa monstruosa, num livre direto magistral, e Romário Baldé atirou uma bomba à barra dos madeirenses.

Nada feito. O União aguentou, aproveitou bem o futebol direto e rápido, e começou a definir melhor nas zonas da frente. Danilo Dias, de resto, até podia ter feito mais um golo, não tivesse rematado de forma tão frouxa para as mãos de Cláudio Ramos.

DESTAQUES DO JOGO: a melhor versão de Danilo Dias

Seja como for, no final de uma semana particularmente difícil, o União volta a vencer para a Liga – não o fazia desde a jornada inaugural – e chega aos dez pontos, abrindo uma diferença de cinco para o adversário deste domingo.

O Tondela, ironicamente, até teve momentos em que controlou a partida, apoiado num futebol de passe curto, mas revelou fragilidades assustadoras em alguns itens do jogo, principalmente no plano ofensivo.

Rui Bento tem um longo caminho pela frente, até colocar a equipa no ponto certo. É certo que Guzzo merecia ter marcado naquele livre direto e que Romário Baldé teve azar ao acertar na barra, mas num jogo em casa de um adversário direto estes pormenores fariam sempre a diferença.

O União respira melhor e endossa a dose maior de aflição ao Tondela. Danilo Dias foi decisivo.