O regresso do União à elite do futebol português foi «apadrinhado» por uma vitória histórica, e inédita, diante do eterno rival Marítimo.

Nos 18 jogos até agora realizados entre as duas equipas nos Campeonatos Nacionais os azuis e amarelos tinham perdido 11 vezes e empatado sete. Hoje, sorriram. E sorriram de forma convicente, já que o triunfo não sofreu qualquer contestação frente a um Marítimo irreconhecível que quase nada conseguiu fazer ao longo dos 90 minutos.

E foi preciso esperar 20 anos para voltar a ver um União-Marítimo, na Primeira Liga. Os históricos rivais da Madeira voltaram a medir forças este domingo, na Ribeira Brava, num estádio cheio e com grande ambiente.

Com oito reforços no onze, a equipa de Norton de Matos entrou muito bem no jogo, com tranquilidade, boa dinâmica e enorme entrega em cada jogada, foi de forma natural que chegou ao 1-0.

Aos 21 minutos, mais uma boa iniciativa de Amilton pela direita resulta num cruzamento para a área com a bola a chegar a Breitner. O recém-chegado médio venezuelano tirou um defesa do caminho e rematou colocado de pé direito fazendo um golo de belo efeito, para explosão dos adeptos.

O União melhorou ainda mais depois do golo, circulando a bola em todo o campo com grande confiança e com os setores sempre muito próximos.

Na defesa, os azuis e amarelos defendiam sempre com pressão alta e não davam qualquer possibilidade ao Marítimo que durante a primeira parte não usufruiu de nenhuma oportunidade de golo.

Ao intervalo, Ivo Vieira trocou o apagado Xavier por Fransérgio, com Ghazaryan a fletir para o lado esquerdo do ataque, mas quem voltou a marcar foi o União.

Aos 48, Joãozinho marcou um livre descaído para a esquerda e Élio Martins, que esta tarde foi aposta de Norton de Matos a ponta de lança, cabeceou colocado dentro de área, sem hipóteses para Salin.

Nem com as entradas de Ruben Ferreira e Dyego Sousa inverteram a forma de jogar do Marítimo, sempre muito denunciada e sem rasgo nem criatividade para furar a bem organizada defesa do União.

O Marítimo conseguiu, mesmo assim, reduzir a desvantagem aos 84, num cabeceamento e Dyego Sousa após um bom cruzamento de Marega da direita, mas os azuis e amarelos, com grande sofrimento, defenderam a vantagem com unhas e dentes e venceram com justiça.