Declarações do treinador do Desportivo de Chaves, Vítor Campelos, na sala de imprensa do Estádio Municipal Eng.º Manuel Branco Teixeira, após a derrota por 3-1 frente ao FC Porto, em jogo da 23.ª jornada da I Liga:

«Acho que entrámos muito bem no jogo. Acabámos por sofrer dois golos com muita passividade. O golo do canto [2-0] acho que foi com muita passividade. Ainda antes disso, tivemos oportunidade para fazer golo. O Jô teve duas excelentes oportunidades de cabeça, numa o Diogo Costa faz uma excelente defesa. Creio que o que tínhamos trabalhado estava a resultar em termos ofensivos. Chegámos ao intervalo com o FC Porto a vencer, porque foi mais eficaz, com alguma passividade nossa.»

«Falámos ao intervalo que tínhamos de continuar a acreditar e que se fizéssemos um golo entrávamos no jogo. Acho que entrámos bem na segunda parte, acabámos por fazer o golo. Antes, uma excelente oportunidade do Euller, em que o Marcano tira a bola em cima da linha de golo e, depois, uma situação em que o João Mendes fica isolado e o árbitro marca uma falta, em que dois jogadores do FC Porto chocaram um contra o outro, o Mendes ficava bem posicionado para fazer o empate e sofremos falta contra nós. Com a expulsão do Jô, ficou mais difícil, se bem que eu já vi a imagem e parece-me que há pisão do Grujic ao Jô [ndr: no primeiro amarelo]. Com isto, não quero dizer que os nossos jogadores não tiveram mérito, fizeram uma boa partida. Como de costume, jogamos sempre para ganhar, independentemente do adversário. Depois, jogar com menos um e menos dois contra o FC Porto, sabemos que as dificuldades seriam redobradas.»

[Se sentiu que mesmo em inferioridade o Chaves podia ter empatado:] «Senti, mesmo com menos um e menos dois. Mas temos de aprender com os erros. Há uma falta a nosso favor perto da nossa área e estamos com menos dois jogadores, mandamos subir o Steven para um possível ganho de primeira bola e em vez de ser o Rodrigo a bater a bola, foi o Guima. Isso não pode acontecer. Sobe a equipa toda, estamos preparados para ganhar a segunda bola defensiva e ofensiva, mas são pormenores, com o calor do jogo, que acabam por tirar algum discernimento. Mas sim, sentimos sempre que estávamos ligados ao jogo. Mesmo com menos dois, sentimos que poderíamos ter um rasgo individual e chegar ao empate. É como digo, é apanágio da nossa equipa, jogamos sempre para ganhar.»

[Reagir perante as dificuldades e encontrar soluções, numa noite em que o Chaves perde Jô e João Mendes (expulsos) e Ponck (quinto amarelo):] «É isso que vai acontecer no próximo sábado, independentemente de quem jogue. Nós, quando aqui chegámos e faz parte do ADN da equipa técnica e tem mito a ver com as gentes de Chaves. Temos de ser a extensão dos nossos adeptos dentro de campo e os jogadores percebem essa mensagem, independentemente dos que joguem, dão sempre tudo. Há uma ideia de jogo que todos sabem e por isso temos de estar confiantes, independentemente de quem jogue, temos a certeza de que os jogadores vão saber o que fazer e vão dar uma excelente resposta. Faz parte dos nossos treinos, da nossa equipa, da cidade, do espírito transmontano. Independentemente de serem três ou que possa surgir mais alguma lesão, os que entrarem no sábado vão dar tudo em campo contra o Portimonense e o apoio dos adeptos será fundamental até fim da época e apelo a que no próximo jogo estejam connosco.»