Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a derrota (3-2) frente ao Vitória de Guimarães:

«Ganha sempre a equipa que faz mais golos. Controlámos muito bem as transições do Vitória na primeira parte e depois, quando conseguimos marcar, chega aquele golo antes do intervalo que deu ânimo ao adversário. Sabíamos que na segunda parte íamos encostar o Vitória, mas também sabíamos que eles iam ser perigosos nas transições. Estivemos perto do 2-1 antes de sofrer. Ainda chegámos ao empate, mas os pormenores fizeram a diferença. Tivemos oportunidades. Não merecíamos, quanto a mim, perder, sofremos nos pormenores, em situações que não devíamos ter sofrido. Podemos controlar melhor o jogo, mas hoje senti que não deixamos o Vitória criar ocasiões, mesmo na segunda parte estávamos por cima, atrás do golo e com o Vitória muito baixo no terreno».

«Foi uma derrota diferente do que aconteceu com o Benfica. Ao fazermos o 2-2, que era tão difícil, não podemos depois sofrer o 3-2 numa situação daquelas, com todos os jogadores atrás da linha da bola. Temos de ser melhores nisso. Mas, mesmo depois do terceiro golo, tivemos a bola a entrar dentro da área e a faltar apenas empurrar para o golo. São os detalhes. O campeonato vai ser muito assim, temos de ser melhores. Neste jogo acabámos por sofremos as consequências do risco que quisemos correr. No final, o que eu penso é cumprimentar o adversário e ir embora, para um espaço onde posso estar sozinho e equilibrar-me. Começo a pensar no que podíamos ter feito melhor para depois estar aqui com alguma lucidez e passar a mensagem certa para os meus jogadores e para toda a gente. É um equilibrar e tentar ficar mais lucido. Todos os treinadores quando passam mais tempo com os jogadores e nas equipas ficam mais versáteis, mais conhecedores destes momentos. Sinto-me mais treinador, mas a melhor versão é sempre a que ganha. Sinto que temos uma capacidade para confundir mais os adversários, isso é verdade».