A FIGURA: Tandjigora

Já lhe chamam o Kanté do Restelo e de facto percebe-se porquê. Não só pela fisionomia, bastante semelhante à do médio do Chelsea, mas pela disponibilidade e entrega em campo, no ataque e na defesa. Aos 27 minutos anotou um golaço de livre direto, quando mais nenhum outro companheiro parecia saber o caminho da baliza adversária. No segundo tempo esteve mais apagado, fruto talvez de uma maior contenção que foi obrigado a fazer, face às constantes investidas vitorianas. Por ter sido o autor do golo e pelo desempenho a bom nível, o gabonês mereceu a distinção.

O MOMENTO: Merlin Tandjigora abriu caminho aos golos (é para veres Auba...)

Aos 27 minutos, o internacional gabonês acordou o Restelo com um golo de belo efeito, de livre direto, o primeiro com a camisola dos azuis. Ele que nem é o habitual marcador de lances de bola parada. Andará a aprender com Aubameyang na Seleção? É Merlin de nome e o outro é bom na arte do golo...quiçá tem mais truques na manga.

OUTROS DESTAQUES:

Tallo: o reforço tardio do Vitória começou no banco de suplentes, mas foi lançado ao intervalo por Pedro Martins e depressa se fez notar. O avançado foi um verdadeiro quebra-cabeças para a defesa dos azuis. Remates, cabeceamentos, maior presença na área adversária. Tallo trouxe ao Vitória precisamente o que faltava, maior perigo lá na frente. 45 minutos que pareceram mais do que isso, tamanha foi a qualidade que aportou para o jogo.

Muriel: exibição de grande nível do guardião do Belenenses. Na primeira parte defendeu uma jogada de golo e na segunda foi sustendo, como pôde, as mais variadas investidas dos vimaranenses. Se os azuis levaram pontos deste jogo, muito se deveu à exibição do brasileiro nas redes.

Raphinha: apesar de ter estado algo apagado na primeira parte, no reinício do jogo mostrou-se bem mais disponível e conseguiu deixar a defesa da casa mais inquieta com alguns pormenores individuais. A reação dos vimaranenses passou muito pelos pés do avançado brasileiro.

Gonçalo Silva e Nuno Tomás: são destaque pelos melhores motivos, pese embora seja uma escolha forçada, visto que reflete a pouca resposta do Belenenses para com o Vitória na segunda parte. Tiveram muito trabalho os centrais dos azuis, mas acabou por compensar.