A FIGURA:

Hurtado tem todas as respostas: Novo confronto no Bessa, nova decisão saída do pé direito de Hurtado. Depois de ter eliminado o Boavista da Taça de Portugal com um golo de livre nos últimos minutos do prolongamento, o peruano voltou a gelar o Bessa em mais um lance de bola parada. O camisola 16 dos vitorianos desatou o nó e marcou o tento do triunfo forasteiro, à passagem do minuto 68. Mas o golo foi um prémio para mais uma boa exibição de Hurtado, que foi, ao longo dos 90 minutos, o elemento mais esclarecido do meio-campo da turma de Pedro Martins. Jogou e fez jogar todo o ataque vitoriano. Decisivo, em toda a linha.

O MOMENTO:

Golo de Hurtado, minuto 68: Livre perigoso à entrada da área do Boavista com Hurtado e Raphinha preparados para bater. Foi o peruano quem assumiu a cobrança do lance e, de pé direito, voltou a gelar o Bessa. A bola sobrevoou a barreira e entrou do lado direito da baliza de Agayev. O guarda-redes axadrezado ainda esboçou uma defesa, mas a potência colocada por Hurtado no remate fez com que a bola acabasse no fundo da baliza. Decisivo, pois claro.

OUTROS DESTAQUES

Philipe Sampaio: Não foi, de todo, pelo central que o Boavista perdeu a partida. Philipe foi, aliás, o melhor elemento dos axadrezados neste encontro. Foi irrepreensível em todas ações e fechou ao máximo os caminhos da baliza de Agayev enquanto conseguiu. Não tem qualquer responsabilidade nos dois golos forasteiros, que surgem de lances de bola parada. Aos 5 minutos, marcou o golo que deu o empate ao Boavista.

Edu Machado: Foi pelo flanco direito, onde atuam Iuri Medeiros e Edu Machado, que o Boavista criou mais perigo. O lateral português assumiu um papel preponderante nas ações ofensivas boavisteiras e foi uma autêntica dor de cabeça para Konan, defesa esquerdo estreante do Vitória. Cruzou sempre com critério e em duas ocasiões deixou os avançados do Boavista muito perto do golo. Faltou a resposta à altura.

Texeira: Foi a surpresa no onze de Pedro Martins, tendo substituído Soares, baixa de última hora. Em estreia absoluta a titular, não podia ter tido melhor começo. Marcou o primeiro golo da partida, logo aos 3 minutos, na sequência de um pontapé de canto. Trabalhou muito durante os 90 minutos entre os centrais boavisteiros e revelou-se uma excelente alternativa a Soares.

Bruno Gaspar: Seguro a defender, uma dor de cabeça a atacar. Mais uma boa exibição do lateral direito do Vitória, que voltou a deixar boas referências. Face ao jogo apagado de Marega, foi o maior desequilibrador dos vitorianos pelo flanco direito, por onde subiu sempre com critério. Assume-se, cada vez mais, como um dos grandes valores da formação vimaranense.

Josué: Exibição de gala do capitão do Vitória. Uma autêntica parede para Schembri e companhia. Não há dúvida de que forma uma excelente dupla com Pedro Henrique, o outro central. Seguríssimo.