Um jogo com tempo frio, mas com bom futebol a aquecê-lo redundou num triunfo estorilista sobre o v. Guimarães. Os minhotos perderam ocasião para encostar no FC Porto e agora ficaram a jeito para o rival Sp. Braga. Agora que deixaram a Liga Europa, os canarinhos atacam a parte superior da Liga portuguesa. 
 
As duas equipas foram muito parecidas durante grande parte do primeiro tempo. Uma boa luta a meio-campo, bons duelos individuais, e duas ideias bem vincadas. Estoril e Vitória jogaram com os princípios de outros dias e, apesar da diferença pontual que os separava no início, no relvado percebia-se que a distância entre uma e outra equipa é bem menor do que a classificação faz indicar.
 
Tanto o Estoril como o Vitória procuraram colocar a bola nos extremos e daí partir para o ataque, quer pela faixa, quer pelo meio. Kléber ameaçou cedo com uma cabeçada ao lado, respondeu Hernâni mais tarde, aos 21 minutos, com um remate para defesa difícil de Kieszek. Essa tentativa terminou com esse período de equilíbrio total na partida.
 
Só se entenderia mais tarde, é certo, mas a partir daí o Estoril passou para o comando. Kléber ajudou muito, diga-se. O ponta de lança ofereceu linhas de passes entre a defesa e o meio-campo vitoriano e, com isso, o jogo do Estoril era melhor em todos os corredores.
 
Assim, entre os 27 e os 45, a equipa da casa esteve bem perto do golo: Kléber atirou á trave, Kléber atirou ao lado, Kuca tentou um chapéu, e Kléber viu um golo anulado. Não havia dúvidas nenhumas de quem tinha fechado melhor o primeiro tempo e a estatística denunciava o Estoril: mais remates, mais cantos, enfim, mais perigoso.
 
Dúvidas também não houve sobre quem entrou mais perigoso no segundo. A tendência manteve-se a novidade era apenas a boa exibição de Assis na baliza minhota. O brasileiro adiou o golo até onde foi possível.
 
Do banco, Rui Vitória viu Assis defender duas ocasiões claras de golo e quando viu a terceira, em mais um canto, resolveu mexer: tirou Tomané, tirou Alex, lançou Ricardo e Bruno Alves.
 
O efeito foi imediato e só não teve resultados práticos porque o médio desperdiçou uma oportunidade flagrante. Hernâni fez um jogo de alguns altos e demasiados baixos, mas sempre que surgiu causou perigo. Aí, aos 69 minutos, assistiu Bruno Alves que sensivelmente da zona do penálti acertou mal na bola, quando tinha a baliza escancarada.
 
O Vitória parecia querer equilibrar o jogo, não só pela oportunidade, mas pelos sinais que os poucos minutos após a dupla substituição davam. No entanto, o Estoril ganhou mais um canto…
 
Ao 11º, Tozé colocou na área e Kléber saiu da marcação de Josué, surgiu de rompante na frente de João Afonso e cabeceou para o triunfo. O ponta de lança levou a melhor sobre os centrais e pouco depois saiu com serviço cumprido.
 
O Vitória ainda teve um assomo final, também algo permitido e não conseguiu o empate. Também não conseguiu o empate pontual com o FC Porto e pode terminar, isso sim, empatado em pontos com o rival Sp. Braga.  Já o Estoril não sabe se termina dezembro na parte de cima da tabela, mas sabe que neste jogo e com este triunfo fica mais próximo do real valor do grupo às ordens de José Couceiro.