A figura: Kléber
 
Duelo muito interessante com os centrais do Vitória, sobretudo João Afonso. O avançado brasileiro serviu muitas vezes de referência, ao receber de costas para a baliza para depois entregar a um colega. Destacou-se também pelo que tentou na área. O primeiro sinal de perigo foi protagonizado por ele. Kléber saltou e cabeceou ao lado. No primeiro tempo, atirou à barra e no lance seguinte quase marcou. Algo que fez minutos depois, mas em posição irregular, de acordo com o assistente. Muitos lances, muito em jogo e o golo do triunfo. No enésimo canto do Estoril, fugiu à marcação de Josué e surgiu na frente de João Afonso para cabecear sozinho para a vitória.
 
O momento: minuto 74
 
O 0-0 estava bem interessante, diga-se, e depois de o Estoril dominar o Vitória ameaçava reentrar na partida, depois de o treinador dos minhotos ter feito dupla alteração. Porém, no 11º canto de que dispôs, o Estoril chegou ao golo e ao triunfo. Tozé bateu, Kléber finalizou.
 
Outros destaques
 
Tozé
 
Inteligência ao serviço do Estoril, assistência para o golo decisivo. Mas há mais, muito mais. Tozé foi sempre alguém que procurou jogar entre linhas inimigas, quis sempre a bola e fez muitas coisas boas com ela, sobretudo a deixar os colegas em melhores posições. Também baixou no terreno, sobretudo na primeira fase da partida, quando o Vitória fechou melhor. Depois, se Kléber mereceu o golo, Tozé mereceu o passe para ele.
 
Kuca
 
Rápido pela lateral, veloz pelo espaço interior, Kuca é cada vez mais uma certeza neste Estoril. No conjunto de decisões que teve de tomar, a maioria foi acertada. Kuca tentou furar em progressão quando podia, mas sempre que teve um colega mais bem colocado endossou-lhe a bola. Causou perigo e foi também por ele que o Estoril se começou a superiorizar ainda no primeiro tempo.
  
Hernâni
 
Voltou à equipa, começou muito bem, mas depois caiu. Encostado à direita, tentou usar velocidade e habilidade para ultrapassar Emídio Rafael. Ora, nas primeiras tentativas as coisa iam-lhe correndo bem, ao procurar mais o espaço interior. Fez um remate de fora da área muito perigoso aos 21 minutos e, daí até final do primeiro tempo não mais conseguiu causar perigo. Voltou a aparecer com rapidez aos 69 minutos e a equipa criou uma situação de golo outra vez. Ou seja, quando caiu Hernâni de produção, caiu o Vitória também, quando ele surgiu, a equipa foi melhor. Se há uma exibição individual que espelha a equipa minhota…
 
André André
 
Outro regresso no meio-campo vimaranense, com critério bem definido ao longo dos minutos. André André viu-se numa grande luta com os médios contrários. Cometeu algumas infrações, mas quase sempre com sentido. Tentou fazer a equipa progredir com passes entre linhas, mas quando a linha defensiva do Estoril percebeu movimentos, essa tarefa ficou muito difícil.
 
Assis
 
Tantas e boas defesas. A partir do momento em que o Estoril dominou o jogo, surgiu Assis do lado do Vitória. O guarda-redes brasileiro adiou o golo da equipa da casa com várias intervenções. Até ao 1-0, tinha meia dúzia de defesas, as mais importantes logo no início do segundo tempo. Não teve hipótese na cabeçada de Kléber.