Casa cheia no Dragão para ver o FC Porto versão 2015/16. Ambiente de festa, mas de expectativa para ver o que pode fazer o jogador mais caro da Liga portuguesa, a estrela Casillas na baliza, o ex-adversário Maxi, mas também para perceber se a equipa sente a falta de Danilo na direita, da irreverência de Quaresma, e do instinto matador de Jackson.

VEJA OS DESTAQUES DO JOGO
 
A pressão para voltar ao caminho dos títulos é grande e começar bem é importante. Lopetegui, garante que essa pressão até funciona como «gasolina» e a verdade é que o novo Dragão turbinado não teve falta de combustível para ultrapassar um Conquistador que quer sarar rapidamente feridas europeias (e não só), mas se mostrou sem armas.
 
O FC Porto entrou bem no jogo. Com boa troca de bola, bom entrosamento, e sem denotar que no onze titular estavam cinco jogadores que não jogaram no Dragão na época passada. O V. Guimarães entrou cauteloso, como, aliás, não podia deixar de ser, mas foi vendo a formação azul e branca crescer rapidamente em campo e dos 0 ao golo foi um instante.
 
Imbula, que esta noite se assumiu como patrão do meio campo portista, já tinha tentado o remate aos seis minutos, mas muito por cima. As muralhas do castelo continuavam invioladas, mas não tardariam a ceder. Aos 8 minutos, Aboubakar mostrou que não herdou apenas a camisola 9 de Jackson Martinez, mas também o título de goleador. Após um cruzamento da esquerda de Varela, Alex Sandro apareceu junto à área, – num movimento que se repetiu muitas vezes – recebeu e cruzou de novo, desta vez para o coração da área, onde Aboubakar rematou de primeira. A bola ainda desviou em João Afonso antes de fazer balançar pela primeira vez as redes da baliza de Douglas.
 
Logo a seguir, Imbula, que parecia estar em toda a zona do meio campo ao mesmo tempo, ainda esteve perto do segundo, mas o cabeceamento acabou por ser apenas de raspão e saiu ao lado.
 
Herrera, que esteve «em dia não», teve nos pés o falhanço da noite, já ao cair do pano da primeira parte. Um passe magistral de Aboubakar deixou Herrera isolado de baliza aberta, mas o mexicano conseguiu rematar ao lado.
 
Do lado do Vitória, apenas Alex conseguiu chegar perto da baliza de Casillas na primeira parte, e mesmo assim, sem grande perigo.
 
Na segunda parte, os vitorianos entraram mais fortes e dispostos a causar mais perigo. E, logo aos 51 minutos, Alex, que apareceu isolado, obrigou Casillas a uma grande defesa para evitar o empate.
 
Depois, só deu azul de novo. Primeiro Aboubakar obrigou Douglas a uma grande defesa. João Afonso salva um remate de Tello na recarga, quase em cima da linha de golo e Imbula ainda tentou mais uma recarga, mas atirou por cima. Mas o camaronês não tardaria a bisar. Aos 61 minutos, após um belo passe de Maxi, depois de roubar a bola a adversário, Aboubakar remata ainda muito fora da área, para fazer o 2-0.
 
E Maxi volta a estar no terceiro golo, desta vez numa jogada de entendimento com Varela do lado direito, com o internacional português a rematar pelo buraco da agulha e a marcar o golo que coroou uma bela exibição no regresso aos Dragões.
 
Um FC Porto muito competente, a dar sinais de uma equipa já sólida e bem preparada, apesar de todas as mudanças. Do outro lado, a estreia de Armando Evangelista na Liga a acontecer num palco muito difícil, e a mostrar que a sua equipa tem ainda muitas fragilidades.