Declarações de João Pedro Sousa, treinador do Famalicão, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henrique, após a derrota (1-0) frente ao Vitória de Guimarães:

«A primeira parte é muito macia da nossa parte, pouco agressiva. O espelho disso é o golo que sofremos, num pontapé de baliza a nosso favor em que não conseguimos ganhar o duelo. Fomos pouco ativos, sem perceber o que o jogo estava a dar. Mesmo com a possibilidade de entrar nos espaços que sabíamos que podíamos explorar, as coisas estavam lá, mas essa falta de confiança levou-nos a ter uma primeira parte fraca, permitindo ao Vitória ter várias oportunidades. Podiam ter feito mais um golo. Ao intervalo falámos nestes aspetos e a segunda parte foi melhor, começámos a explorar o corredor central, entrámos na estrutura do Vitória, alimentando os avançados de outra forma. Tivemos algumas oportunidades, mas não com a qualidade das do Vitória. Acabámos por perder, infelizmente, por causa da primeira parte. Vir jogar contra o Vitória sem intensidade e agressividade, cinco minutos, é um risco para perder o jogo, sendo ainda maior jogar uma parte nessas condições. Estou insatisfeito por isso, mas há coisas positivas a tirar do jogo e outras negativas. A vitória do Vitória não sofre contestação, teve mais oportunidades com mais qualidade, mandámos mais uma bola ao poste, é a 14.ª da época, é difícil explicar aos jogadores como é que a bola vai tantas vezes aos postes, é complicado, são momentos para a equipa técnica gerir da melhor forma».

[Fórmula do último jogo com três centrais é para manter?] «Temos duas estruturas, podemos variar entre uma e outra. A alteração que fiz no lado direito não alterou a estrutura, alterou-se foi a dinâmica, com jogadores diferentes. Tivemos mais elasticidade no corredor direito, com o Nathan e o Chiquinho, mas dentro desta estrutura. A nossa ideia da estrutura está relacionada com a necessidade de colocar outro jogador junto ao Cadiz. O perfil dos jogadores também nos empurra um pouco para este sistema, podemos tirar mais deles, no sentido de chegar mais vezes à baliza e fazer golos. Queremos ser, e somos, uma equipa ofensiva, mas temos dificuldades em fazer golos. Esse problema continua mesmo com dois avançados na frente».