O V. Guimarães regressou aos triunfos na receção ao Arouca, vencendo no Dom Afonso Henriques pela margem mínima, com um golo do capitão Moreno. Apenas de bola parada os pupilos de Rui Vitória desataram um jogo morno, que valeu essencialmente pelos três pontos conquistados para a turma minhota. O Arouca foi destemido, criou alguns lances de perigo, mas nunca lhes conseguiu dar a melhor consequência.
 
No seguimento do triunfo caseiro diante do Gil Vicente, que se traduziu numa importante almofada de conforto na fuga aos últimos lugares, Pedro Emanuel apresentou-se em Guimarães exatamente com o mesmo onze da última jornada.
 
Por seu turno, Rui Vitória operou muitas mexidas na equipa inicial. A nota de maior destaque vai para a lateral esquerda, onde Rui Vitória adaptou Alex a defesa esquerdo. O extremo foi a quarta opção do técnico depois da saída de Traoré no mercado de inverno.
 
Arouca expectante e a criar perigo
 
Na luta pelos lugares europeus e empurrado pelo fator casa, o V.Guimarães entrou em campo de forma acutilante, mas ficou-se apenas pelas intenções. Jogando mais com o coração do que com a cabeça e, claramente sobre brasas em virtude dos resultados recentes, faltou criatividade e objetividade aos pupilos de Rui Vitória.
 
Não seria de esperar, até porque o técnico dos minhotos alinhou com dois médios organizadores de jogo, Bernard e Otávio. Perante este cenário, um Arouca confortável com quatro pontos de avanço para a linha de água, fez da sua organização o suficiente controlar as operações, mantendo o esférico longe da sua baliza.
 
Com os erros do V.Guimarães, os contragolpes do Arouca foram a nota dominante de um primeiro tempo em que escassearam oportunidades e emoções. Invariavelmente através de Iuri Medeiros, o conjunto de Pedro Emanuel somou alguns lances de atrevimento ofensivo, levando a que as bancadas do Estádio D Afonso Henriques brindassem os seus jogadores com assobios.
 
 Vitória resolve de bola parada
 
A falta de tempero que se notou na primeira parte, fez-se notar logo nos primeiros suspiros da segunda metade. Josué atirou a bola com estrondo ao ferro da baliza de Goicoechea na sequência de um pontapé de canto, prometendo quarenta e cinco minutos com mais motivos de interesse.
 
Confirmou-se a maior dose emotividade, mais que não seja porque o V.Guimarães fez abanar as redes por intermédio do capitão Moreno. Num lance de bola parada, adivinhava-se que podia ser neste tipo de lances que o nulo se desfizesse, o capitão da turma minhoto bateu Goicoechea ao segundo poste.
 
O momento do V.Guimarães não dava para muito mais e Rui Vitória percebeu isso. Fez por segurar a margem mínima e compactou a sua equipa no miolo. Por seu turno, o Arouca não mudou a sua identidade, não correu numa luta desenfreada para anular a desvantagem, mas mesmo assim provocou momentos de calafrio junto da baliza de Douglas.
 
O V.Guimarães pôs fim a uma série de três derrotas consecutivas, ganhando novo fôlego na luta pelos lugares europeus. O Arouca não foi capaz de dar  melhor seguimento ao triunfo da última jornada, sabe de antemão que não cai para os lugares de despromoção, mas pode ver a concorrência aproximar-se.