Uma neblina de nevoeiro em Guimarães serviu de manto sobre a primeira volta da Liga, confirmando o bom momento de forma do Vitória, que bateu o Arouca (2-1) com uma cambalhota no D. Afonso Henriques. Num duelo intenso, com vários lances junto de ambas as balizas, foi mais forte o conjunto de Álvaro Pacheco, contando com um Nuno Santos inspirado.

O médio terá protagonizado a sua melhor prestação com a camisola vimaranense, fazendo as duas assistências com que o Vitória anulou o golo madrugador, logo aos oito minutos, do Arouca, apontado por Jason. O clã Silva, Jota e André, apontaram os golos indiciados por Nuno Santos. Oitavo jogo sem perder do Vitória, iguala o Sp. Braga no quarto lugar com 33 pontos.

De regresso à fórmula do campeonato, com várias alterações nos onzes comparativamente com os jogos da Taça de Portugal – o Vitória bateu o Penafiel, enquanto que o Arouca ficou pelo caminho em Vizela – confrontaram-se duas ideologias diferentes: o Vitória quis pegar no jogo perante o veneno dos contragolpes arouquenses.

Veneno da Serra da Freita para gelar o D. Afonso Henriques

Preparado para terminar de forma positiva a primeira volta do campeonato, o Vitória entrou a todo o gás e logo no primeiro minuto do encontro criou dois lances perigosos, mostrando ao que vinha. Mas, foi o Arouca a abanar as redes. Veneno da Serra da Freita a incomodar o Estádio D. Afonso Henriques.

Jason apareceu na cara de Varela nos contra-ataques típicos arouquenses, sendo letal. Simplicidade de processos e aproveitamento máximo. Contra a corrente do jogo, é certo, o Vitória dominou por completo, viu vários remates serem bloqueados quase que milagrosamente na linha de golo.

Uma boa primeira do Vitória, com envolvência, vários cruzamentos e muitos cantos conquistados estava, ainda assim, sempre em xeque face à postura de recolhida do Arouca, mas sempre posicionada para se lançar em velocidade. Conseguiu chegar à igualdade no soar do gongo o Vitória, por Jota Silva. Arruabarrena escorrega e fica a meio do caminho, o atacante ganha em velocidade e consegue driblar o guarda-redes antes de atirar para o empate.

Nuno Santos foi o antídoto

A segunda parte teve o mesmo figurino, mas uma dose suplementar de intensidade. Os dois conjuntos procuraram vencer, com a sua proposta de jogo. Voltou a estar por cima o Vitória, com mais bola e mais lances ofensivos. O Arouca ia respondendo, com mais acutilância, aparecendo com facilidade na cara de Bruno Varela.

Festejou o segundo o Arouca, mas uma longa espera pelo VAR deu razão ao assistente que levantou a bandeirola. A resposta do Vitória surgiu de seguida, com um lance em que Nuno Santos foi ao seu leque de malabarismos fabricar o segundo da equipa da casa. Livrou-se de dois adversários e serviu André Silva para o golo do triunfo.  

Forçou o Arouca na fase final do encontro, correndo atrás do prejuízo. Susteve o ímpeto o Vitória, impondo a terceira derrota consecutiva aos arouquenses. Cambalhota do Vitória no marcador, encostando-se ao rival na classificação. O conjunto de Álvaro Pacheco não perde há oito jogos.