A equipa vimaranense tinha possibilidade de ultrapassar o seu adversário na tabela classificativa, mas voltou a apresentar um futebol pobre na condição de visitado, fazendo-se valer de uma eficácia quase extrema para chegar a uma vantagem de dois golos no primeiro tempo.
O Arouca apresentou-se na Cidade-Berço claramente em poupança. Lito Vidigal apostou as fichas no jogo da próxima quarta-feira, em Braga a contar para os quartos-de-final da Taça de Portugal, apostando numa equipa em que não figuraram as principais referências arouquenses.
Mesmo sem as suas principais peças e sem jogar com grande intensidade, o Arouca fez o suficiente para conseguir o empate e mostrou que é uma equipa com argumentos para continuar a fazer uma boa época.
Vitória a abrir e a fechar
Ainda na resseca do jogo frenético de Moreira de Cónegos, apenas três depois do triunfo no dérbi vimaranense, o V. Guimarães entrou em campo com o mesmo registo: incisivo e forte nas bolas paradas. Foi dessa forma que chegou à vantagem logo aos sete minutos na sequência de um pontapé de canto. Pedrão voltou a ser preponderante a ganhar a primeira volta, Bouba Saré deu a cabeçada final para o fundo das redes.
Esperava-se que o golo tivesse o condão de espevitar o jogo, mas aconteceu precisamente o contrário. O V. Guimarães, pouco habituado a segurar vantagens, inibiu-se e não arriscou em demasia. A reposta arouquense era ténue e a primeira parte teve momentos em que pouco futebol se viu.
Pelo meio o Arouca rubricou dois lances de perigo junto da baliza de Miguel Silva. Primeiro foi Nildo a atirar de primeira ao ferro na sequência de um cruzamento da direita do estreante Mateus. Depois, um minuto antes do intervalo foi Bruno Gaspar a evitar em cima da linha que Roberto fizesse o empate.
No mesmo lance, a transição rápida do V. Guimarães teve a dose de felicidade que faltou do outro lado do campo, e Otávio fez o segundo para os minhotos num remate de fora da área depois de servido por Licá.
Arouca acorda a tempo de empatar
Lito Vidigal fez por alterar o rumo dos acontecimentos, e logo ao intervalo trocou Mateus por Zequinha e deu mais minutos ao paraguaio Walter no lado esquerdo do ataque no decorrer do segundo tempo, mas a verdade é que o figurino não se alterou muito.
O V. Guimarães continuava sem expor em demasia a vantagem de dois golos que detinha, o Arouca mesmo com o incremento de vontade fruto da entrada de Zequinha não ia tendo capacidade para pôr em causa a vantagem da equipa da casa.
Contudo, o evoluir do cronómetro fez a equipa arouquense subir de rendimento, alcançando o empate perante uma apatia inexplicável dos vimaranenses. Aos 68 minutos o Arouca chegou ao golo e relançou o encontro. Zequinha, que entrou bem no encontro, cruzou na esquerda para Roberto fazer a bola sobrevoar Miguel Silva.
Ao minuto 78 o paraguaio Walter gelou o D. Afonso Henriques ao restabelecer o empate num lance em que Nelsinho fez o que quis no lado esquerdo, caminhou pela linha de fundo até servir de bandeja o golo do empate a Walter.
Bipolar, o V. Guimarães voltou a sucumbir em casa. Depois do empate, muito consentido uma vez que tinha o jogo na mão, correu com tudo atrás do resultado. Enviou a bola ao ferro já nos descontos, mas não conseguiu chegar ao golo, que seria, diga-se, um resultado demasiado injusto para o Arouca.
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