A exuberância do V. Guimarães e a organização do Belenenses empataram-se no D. Afonso Henriques, com os dois emblemas a empatar a uma bola em jogo da quinta jornada da Liga. O Vitória voltou a mostrar momentos de futebol vistoso e dispôs de várias oportunidades para fazer mais golos, mas não conseguiu matar o jogo e ficou à mercê de um Belenenses astuto.

A equipa da casa até entrou melhor e marcou logo aos treze minutos, mas deixou-se empatar a um quarto de hora do final e não mais conseguiu encontrar espaços par incomodar Ventura. Organizado, o Belenenses conseguiu um empate saboroso e somou o quarto jogo sem perder depois de vir de duas vitórias consecutivas.

Intenso e dividido. O embate entre o V. Guimarães e o Belenenses começou aguerrido com as duas equipas de peito feito a prometer uma batalha titânica pelos três pontos. Depois de dez minutos taco a taco a equipa de Pedro Martins imprimiu ritmo ao encontro e provocou desequilíbrios no último reduto do Restelo.

Marega a abrir com classe

Marega tentou bater Ventura de calcanhar e Soares cabeceou por cima do travessão numa espécie de pronúncio do golo da equipa da casa. O minuto 13 não foi de azar e Hernâni, em estreia neste regresso à Cidade Berço, serviu deliciosamente Marega para o maliano picar a bola sobre Ventura, abrindo o ativo com um golo de grande classe.

Parecia encaminhar-se para mais uma noite endiabrada o V. Guimarães com Marega a ficar muito perto de bisar pouco tempo depois. Contudo, e tal como já havia acontecido antes de sofrer o golo, o Belenenses manteve-se organizado e audaz, mantendo jogo vivo. Quase sempre pelo lado esquerdo, com Gerso em destaque, a turma do Restelo fez a bola rondar várias vezes a baliza de Douglas com cruzamentos matreiros.

No início do segundo tempo os azuis do Restelo tentaram crescer, contando com Tiago Caeiro como referência mais ofensiva. Mas, pertenceu ao Vitória o primeiro lance de perigo da segunda metade quando estava cumprida uma hora de jogo. O incansável Soares arrancou pela esquerda driblando dois adversário, picando depois para o poste mais distante, onde apareceu Marega a cabecear com perigo já quase sem ângulo.

Palhinha empata de cabeça

Apesar de apresentar mais fantasia, o resultado era perigoso para o V. Guimarães com o jogo a continuar aberto e com o Belenenses com legítimas aspirações de mexer com o marcador. Igualdade que aconteceu mesmo a um quarto de hora do fim na sequência de um pontapé de canto em que Palhinha apareceu no coração da área a marcar.

Mérito para a forma como Julio Velázquez mexeu na equipa e manteve o jogo vivo perante um V. Guimarães que se deslumbrou em oportunidades vistosas, mas a quem faltou dar a estocada final para vencer um encontro em que apresentou um futebol mais atrativo, mas não tanto consistente.

A turma de Belém dá sequência à série de bons resultados e, depois de perder na ronda inicial, segue sem perder há quatro jogos apresentando a consistência que faltou precisamente ao V. Guimarães.