O Estoril já desprovido de qualquer luta na tabela classificativa foi um adversário muito passivo, que apenas a espaços ousou imprimir algum ritmo ao encontro. A lei da necessidade obrigou, por isso, o V.Guimarães a fazer pela vida, compondo um cenário favorável à equipa da casa.
Apesar de Tomané já estar disponível, Rui Vitória fez apenas uma alteração na sua equipa comparativamente com o empate de Vila do Conde. De máscara, Josué voltou ao onze para o lugar do castigado Kanu. Do lado do Estoril, Fabiano Soares também só fez uma alteração relativamente ao último jogo. Mano jogou no lugar de Tijane, fazendo Anderson Luís subir no terreno.
V.Guimarães marca cedo e domina
Ainda com o quinto lugar para defender, um V.Guimarães mais incisivo começou por controlar as operações. Contudo, a tranquilidade do Estoril permitiu aos canarinhos deixar alguns avisos ao último reduto do V.Guimarães nos instantes iniciais do encontro. Que o diga Sebá, que esteve na cara de Douglas, mas nem rematou nem serviu o seu colega nos dos primeiros lances ofensivos do encontro.
Precavido para os perigos de um Estoril sem nada a perder no jogo, o conjunto de Rui Vitória pôs o pé no acelerador e partiu para uma exibição convincente o quanto baste para abrir o ativo quando estava cumprido um quarto de hora de jogo. Bernard isolou Ricardo, que voltou a ser valente no D. Afonso Henriques, batendo Kieszek no frente a frente com o guardião do Estoril.
Vantagem para o V.Guimarães ainda com o cronómetro numa fase adiantada, que fez com que os pupilos de Rui Vitória dominassem as operações nos primeiros quarenta e cinco minutos. Alguns pormenores de bom futebol, quase sempre por intermédio de Bernard, faziam adivinhar o segundo do Vitória.
Resposta canarinha termina com nova machadada de Valente
Segundo golo que não chegou e, depois do período de descanso, tal como manda a lógica do futebol, o Estoril esboçou uma reação e tentou responder à desvantagem no marcador. Uma tentativa notória uma vez que Douglas foi chamado a jogo, contrariamente ao que se verificou na primeira metade.
O guarda-redes brasileiro não teve que fazer defesas propriamente complicadas, mas foi testado diversas vezes pelos homens mais adiantados do Estoril. Pelo meio o V.Guimarães ainda voltou a festejar novo golo, mas o árbitro Rui Piteira Rodrigues anulou o golo assinalando fora de jogo a Moreno.
Começava a ficar monótono o jogo, a chuva que se fazia sentir e apagando as marcações do relvado e o Estoril começava a perder gás, até que Valente voltou a abanar as redes, arrumando com a questão. Desta vez de cabeça, solicitado por Jonatan Alvez, o avançado ex-Leixões marcou à ponta de lança a oito minutos dos noventa.
Triunfo natural da equipa que mais fez por amealhar os três pontos. Os minhotos atingem os 50 pontos, número redondo que deixa Rui Vitória com via aberta para a Europa. Depois de somar três jogos sem conhecer o sabor da derrota, o Estoril voltou a perder, rubricando uma exibição pobre na Cidade Berço.
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