Mais de um mês depois o V. Guimarães reencontrou-se com os triunfos (3-1) na receção ao Estoril. O conjunto de Pedro Martins jogou mais de oitenta minutos com mais um elemento em campo, mas o momento da equipa não conseguiu evitar o sofrimento até ao final. Valeram os golos de Hurtado, Raphinha e Heldon para segurar aquilo que era essencial na Cidade Berço: os três pontos.

Jogo estranho em Guimarães, acidentado e com várias incidências. O contexto em que as duas equipas chegaram ao derradeiro encontro da jornada 19 era conhecido, nem V. Guimarães nem Estoril se apresentaram de cabeça totalmente limpa pelo que o jogo ressentiu-se. Triunfo que se justifica para o V. Guimarães dado o jogo jogado, mas a réplica dada pelo Estoril merecia melhor sorte.

As incidências começaram desde logo antes do apito inicial. Ivo Vieira teve de fazer uma alteração à última da hora. Dankler tinha estreia marcada, mas deu o seu lugar a André Claro. Por seu turno, Pedro Martins fez quatro alterações no onze, promovendo os regressos de Pedrão e Wakaso. Konan e João Aurélio foram as restantes novidades.

Expulsão, golo sem festa e empate para lá da hora

O embate prometia ser aberto, as duas equipas, a atravessar um mau momento, olhavam para este jogo como uma hipótese de travar os ciclos negativos. Contudo logo aos dez minutos o Estoril ficou em inferioridade numérica devido à expulsão de Abner e o figurino alterou-se. Heldon preparava-se para se escapar em direção à baliza, ainda que não em zona frontal, e foi travado em falta.

Na sequência do livre Hurtado atirou contra Eduardo, o jogador do Estoril corta com o cotovelo dando origem a muitos protestos dos responsáveis pela equipa da casa. Jorge Sousa recorreu às imagens, mas mandou seguir.

A jogar com mais um elemento em campo o Vitória assumiu as rédeas do jogo, criou vários lances junto da área estorilista, mas tardavam em criar perigo. O conjunto de Pedro Martins adiantou-se no marcador aos vinte minutos. Cruzamento de Raphinha, cabeceamento de Hurtado a fazer a emenda, mas a bandeira estava levantada. Contudo apenas depois de a bola entrar o golo foi anulado, fazendo com que o VAR pudesse validar o golo.

Golo sem direito a festejos. A bola já tinha entrado há muito e criou uma situação estranha, com a equipa a festejar muito depois. O que é certo é que o V. Guimarães estava na frente e ameaçou o segundo, mas faltou eficiência para conseguir voltar a abanar as redes adversárias. Ao quarto minuto de compensação o Estoril chegou ao empate. A equipa de Ivo Vieira respondeu nos instantes finais da primeira metade e André Claro fez a recarga certeira a uma autêntica bomba de Eduardo na sequência de um livre.

Heldon segura nos descontos

Ainda a digerir o golo sofrido, a entrada do V. Guimarães na segunda parte foi enérgica. Logo no primeiro lance Rafael Martins rematou forte à malha lateral e foi precisamente o avançado, lançado por Pedro Martins ao intervalo, a fazer a assistência para Raphinha construir nova vantagem para os vimaranenses.

Com um longo histórico de vantagens mal geridas, o domínio descarado do V. Guimarães esfumou-se e mesmo em inferioridade numérica o Estoril equilibrou forças e foi discutindo o resultado, tendo na meia distância de Eduardo a principal arma.

Tentava acabar com o jogo o V. Guimarães, dispôs de algumas situações para ampliar a vantagem, mas faltava discernimento para tal. As decisões arrastaram-se até ao último suspiro. Heldon driblou um adversário em mais uma bola bombeada para o ataque e isolado selou o triunfo. Respirou-se de alívio. Depois da tempestade ainda não veio a bonança, mas foram esses os ventos que começaram a soprar para os vimaranenses.

Confira o resumo do jogo: