A primeira jornada da segunda volta encerrou no Minho com o Vitória de Guimarães a cavar uma espécie de fosso entre o grupo da frente e os perseguidores, ao vencer o Estrela da Amadora por três bolas a zero no Estádio D. Afonso Henriques. Com o trio de ataque m plano de destaque – Nuno Santos, Jota Silva e André Silva marcaram os golos – a equipa de Álvaro Pacheco volta a encostar-se ao quarto lugar, ocupado pelo Sp. Braga.

Perante um Estrela da Amadora praticamente inoperante, sensivelmente 20 mil adeptos presenciaram um triunfo com um resultado tranquilo, mas que surge num jogo que chegou a ser enfadonho. Vence, com justiça, a equipa que procurou os três pontos, somando a terceira vitória consecutiva numa série de nove jogos sem perder.

O conjunto de Sérgio Vieira, que acabou reduzido a dez elementos, averbou o quinto jogo consecutivo sem vencer, vendo a linha de água aproximar-se. Quinze anos depois a equipa tricolor voltou à cidade-berço, somando mais um resultado negativo a um histórico que já não era favorável a jogar em Guimarães.

Vitória em fuga à pressão

Em momentos distintos da temporada, rapidamente as equipas puseram as fichas em cima da mesa. O Estrela deu a iniciativa de jogo à equipa da casa, e pressionou de forma agressiva em zonas adiantadas do terreno, tentando condicionar o jogo do Vitória. Sentiu dificuldades a equipa de Álvaro Pacheco a adaptar-se a esta realidade, ainda que assumindo as rédeas do jogo.

Foi Nuno Santos, a meias com Jota Silva, a libertar os vimaranenses num lance a partir do lado direito. Bruno Gaspar seguia em velocidade, é travado em falta, mas Jota Silva deu seguimento ao lance. Passe para Nuno Santos desviar em habilidade, com o pé esquerdo, para o fundo das redes, apanhando Bruno Brígido desprevenido.

Golo com talento do Vitória, a destoar de um jogo pachorrento, sem raides de criatividade nem intensidade. Foi, ainda assim, o Vitória quem mais fez por mudar o figurino do jogo, mesmo que esbarrando num Estrela da Amadora muito musculado e enérgico nos duelos.

Passagem no vermelho para confirmar o triunfo

A vantagem mínima da equipa de Álvaro Pacheco, apesar de não ser posta em causa pelo Estrela da Amadora, era um resultado perigoso que, a qualquer momento, ao sabor das vicissitudes do jogo, podia constituir problemas, como ao minuto 63, quando o árbitro Miguel Nogueira apontou para a marca dos onze metros, acabando por reverter a grande penalidade após visualizar as imagens.

Mesmo sem massacrar, o Vitória ia tentando o segundo, de forma avulsa, com Jota Silva e Nuno Santos em plano de destaque. Foi já em superioridade numérica, após a expulsão de Hevertton Santos ao minuto 72 – travou Jota Silva à entrada da área – que os vitorianos fizeram dois golos e arrumaram a questão.

O segundo surge num cruzamento de Nuno Santos na esquerda, para Jota Silva finalizar de cabeça para o fundo das redes. Numa primeira instância o golo ainda foi invalidado, por pretenso fora de jogo, mas o VAR acabou por validar o segundo da equipa de Álvaro Pacheco. Já perto do minuto noventa foi André Silva a marcar a passe de Jota Silva, não dando margens para dúvida.

Terceiro triunfo consecutivo do Vitória, que iguala o Braga no quarto de lugar, alargando a margem para a concorrência.