O Farense esteve perto de fazer história, a poucos minutos de vencer pela primeira vez em Guimarães, mas o Vitória manteve a série de jornadas sem perder, resgatando um ponto já fora de horas. Empate (1-1) no D. Afonso Henriques, a impedir os vimaranenses de saltarem, à condição, para o pódio.

Uma primeira parte competente dos algarvios, que sofreram golos fora de casa todos os jogos esta época, a somar um golo logo aos nove minutos, balanceou a equipa de José Mota. Uma segunda parte completamente diferente do Vitória, que caiu em cima do adversário, deu empate num dos últimos lances do encontro.

Vindo de cinco jornadas a vencer, podendo ultrapassar – à condição – o Porto no terceiro lugar, o Vitória acabou refém da entrada em falto. Reorganizou-se, mas só deu para o empate, mesmo o Farense tendo decaído muito após o período de descanso.

Bruno Duarte e uma rede que se habituou a abanar

Num ambiente de euforia em Guimarães, com 20 mil espectadores nas bancadas, o Farense começou por responder com uma enorme dose de organização e pragmatismo. Um golo logo aos nove minutos deu ainda mais sustento ao plano traçado pelo conjunto algarvio que manietou os vimaranenses.

Repetindo a fórmula do Dragão, com Jota Silva como principal referência ofensiva, o Vitória tinha mais bola, mas sem argumentos para penetrar no último reduto adversário, expondo-se a contragolpes. Como aquele logo aos nove minutos em quem Pastor subiu bem à linha cruzando para Bruno Duarte marcar à ex-equipa e colocar o Farense na frente.

João Mendes ainda apontou um grande golo, com a parte de fora do pé, quando estava decorrida meia hora de jogo. Analisado pelo VAR, o lance acabou por ditar fora de jogo de Jota no início do lance. Seguro entre os postes, Bruno Varela foi sendo competente para segurar um Farense que conseguia ser mais perigoso.

Sufoco até ao empate final

Fez duas alterações ao intervalo – já tinha trocado o lesionado João Mendes por Nuno Santos na primeira parte – mudando também o esquema tático, passando a jogar com três médios. Alterou-se por completo o paradigma do jogo. Continuou com as rédeas do jogo o Vitória, mas numa zona mais adiantado do terreno e criando mais lances de finalização.

Em sentido inverso, já não conseguia sair com facilidade o Farense, fazendo por pausar o jogo. Foi neste limbo que o jogo se arrastou até. O conjunto de Álvaro Pacheco colecionou finalizações, asfixiou o adversário, mas tudo parecia sair mal aos vimaranenses.

Até ao minuto 96. Num pontapé de canto cobrado por Nuno Santos Jorge Fernandes cabeceou de forma certeira, resgatando um ponto num jogo em que, claramente, não merecia sair de mãos a abanar.