Três golpes de cabeça, com o do pequenino Heldon a ser decisivo, fizeram o marcador do regresso aos triunfos do V. Guimarães na receção ao Marítimo (2-1). A equipa de Pedro Martins teve uma prestação alegre, disfarçou o momento com que entrou para este jogo e derrotou um Marítimo que tem feito um campeonato acima das expetativas.

A equipa da casa entrou a vencer, de forma natural, permitiu o empate e teve depois de jogar contra um Marítimo que fez por jogar o menos possível, mas Heldon, que se estreou a titular, desatou o nó, e o Vitória carimbou os três pontos.

Frente a frente dois estados de alma diferentes. A rubricar um arranque de campeonato sensacional, entrando em terceiro para esta jornada, o Marítimo deslocou-se à Cidade Berço para medir forças com um Vitória a precisar de uma injeção de confiança que atenuasse um início de época intermitente.

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Estados de alma diferenciados que foram completamente esbatidos no relvado. A equipa da casa entrou a todo o gás, fazendo pela vida, e encostando por completo o Marítimo na sua área. Entrada forte da equipa de Pedro Martins, que se prolongou a meias com um Marítimo muito apático.

Daniel Ramos apostou no mesmo onze que tinha alinhado no último jogo do campeonato, operando uma pequena revolução em relação ao jogo da Taça da Liga diante do Sporting. No V. Guimarães Pedro Martins apostou pela primeira vez em Heldon a titular e fez descansar Victor Garcia, dando a titularidade e João Aurélio.

Foi precisamente do extremo cabo-verdiano que saiu o cruzamento para o primeiro golo do encontro, da autoria de Raphinha. Heldon fez o passe com as medidas certas, o brasileiro marcou pela segunda jornada consecutiva ao corresponder bem de cabeça ao segundo poste.

Golo logo aos cinco minutos que, de certa forma, se adivinhava face à entrada diferenciada das duas equipas em campo. De resto a igualdade a uma bola com que se chegou ao intervalo foi lisonjeira para os insulares, que viram os vimaranenses criar várias oportunidades para abanar novamente as redes.

Só que, pelo meio, a equipa de Daniel Ramos mostrou a sua eficácia precisando apenas de uma incursão à área adversária para marcar. Valente, ex-Vitória, cruzou da esquerda, Edgar Costa ganhou a Konan e reestabeleceu o empate apenas dez minutos depois do golo do conjunto de Pedro Martins.

O evoluir do cronómetro acentuou a tal diferença motivacional que se esbateu na primeira metade, mas que começou a sentir-se com o decorrer do tempo. Também o Marítimo jogava com isso, retardando o jogo, tentando tirar dividendos do momento menos positivo da equipa de Guimarães.

zainadine e Jubal acabaram mesmo expulsos na sequência de uma discussão provocada por uma das repetidas assistências a jogadores do clube insular. Resultado: dois elementos a menos no jogo, um para cada lado, nos últimos 25 minutos do encontro.

Heldon e uma estreia de sonhos: veja os maiores destaques

Mais audaz, com mais responsabilidade para somar os três pontos, o V. Guimarães chegou ao segundo golo a um quarto de hora do fim, quando tomava conta das operações diante de um Marítimo pouco interessado em fazer mais do que segurar o empate. Canto da esquerda de Raphinha, há um desvio na coração da área, e é Heldon a fazer o desvio letal.

No último sufoco o Marítimo atirou ao poste, num livre direto de Éber Bessa. O poste evitou que o Marítimo conseguisse um golpe de sorte e saísse do D. Afonso Henriques com um ponto quando pouco ou nada fez para o merecer. A equipa madeirense fez pouco jus ao terceiro lugar com que entrou nesta jornada.

O pequenino Heldon evitou uma grande injustiça. Triunfo sofrido, mas tão justo quanto incontestável para o Vitória, que rubricou uma exibição alegre e regressou aos triunfos antes da jornada europeia da próxima quinta-feira, na Turquia.