V.Guimarães-Moreirense, 2-1 (crónica)

Pela segunda jornada consecutiva, o V.Guimarães começa a perder e salta de cambalhota para a liderança da Liga. O Moreirense entrou a ganhar pelo D. Afonso Henriques dentro, mas André André empatou de grande penalidade e Jonatan Alvez saltou do banco para carimbar o triunfo e novo assalto provisório do V.Guimarães ao primeiro lugar.

Confira a FICHA DO JOGO
 
Apesar de virem de derrotas que valeram a eliminação da Taça de Portugal, nem Rui Vitória nem Miguel Leal operaram qualquer alteração na sua equipa. O V.Guimarães apresentou o mesmo onze que foi derrotado neste mesmo palco pelo Sp. Braga, enquanto que o Moreirense alinhou com a mesma equipa inicial que saiu derrotada do Estádio da Luz.
 
O conjunto de Moreira de Cónegos apresentou-se no Estádio D. Afonso Henriques disposto a inverter estatística que diz que nunca venceu o Vitória em jogos a contar para o campeonato. Precisou apenas de dois minutos de jogo para abrir o ativo, por um herói improvável. Elízio apareceu ao primeiro poste a antecipar-se a Assis, correspondendo da melhor forma a um pontapé de canto apontado por João Pedro.
 
Moreirense apenas precisou de dois minutos para marcar
 
Dificilmente Miguel Leal poderia esperar melhor entrada no dérbi vimaranense. Se o frio já se fazia sentir nas hostes vitorianas, pior ficou com o balde de água gelada que Elízio trouxe ao jogo. Difícil teste para os pupilos de Rui Vitória ultrapassar.
 
Assumiram as rédeas do jogo, num domínio venenosamente consentido pelo Moreirense. As linhas baixas e compactas orquestradas por Miguel Leal faziam o V.Guimarães perder-se entre a teia Cónega e abria espaços junto da baliza de Assis, tal como sucedeu perto dos dez minutos quando Cardozo obrigou Assis a uma defesa arrojada.
 
Dificuldades ultrapassadas à passagem da meia hora através de uma grande penalidade cavada por Bernard. Marcelo Oliveira jogou apenas a bola e a queda do médio ganês iludiu Cosme Machado. Da marca dos onze metros, André André bateu Marafona e reestabeleceu a igualdade.
 
Alvez foi a arma secreta
 
Igualdade a um no primeiro tempo, conseguida através de dois lances de bola parada, que muniu Rui Vitória e Miguel Leal de cautelas para a segunda metade do dérbi do concelho de Guimarães. A equipa da casa continuou a chamar a si as despesas do jogo, o Moreirense ameaçava com transições rápidas. Os dois conjuntos trocavam ameaças, mas apenas cumpriram nos minutos finais. Alvez, lançado por Rui Vitória no segundo tempo, fez efervescer o D. Afonso Henriques a oito minutos dos noventa.
 
Golo a premiar a insistência do V. Guimarães, castigo demasiado pesado para o combativo Moreirense que se deslocou ao terreno do Vitória de peito feito. Havia pouco tempo para jogar, mas os homens de Miguel Leal não entregaram as armas e Gerso, também ele saltado do banco de suplentes, introduziu a bola dentro da baliza de Assis passados dois minutos.
 
Não valeu. Cosme Machado anulou o lance confuso na área do V.Guimarães, para desespero dos responsáveis do Moreirense, que já se queixavam da grande penalidade assinalada no primeiro tempo. Imune às queixas dos Cónegos, com uma exibição não muito conseguida, Rui Vitória vê os seus pupilos voltarem a instalar-se no topo da tabela classificativa.